Este festival é exclusivo para bandas de empresas

Fernando Gaspar Barros lead ce0baUm projeto de comunicação, sem fins lucrativos e que, para muitas pessoas, representa a continuação do sonho no mundo da música. É assim que Fernando Gaspar Barros descreve o Brands Like Bands, um festival exclusivo para bandas de empresas que, este ano, vai passar por Lisboa e também pelo Porto, a 26 de setembro, 3 e 10 de outubro. 

Briefing | Como surgiu o Brands like Bands?

Fernando Gaspar Barros | Recuando ao início, a Brands Like Bands nasceu em 2008 para transportar o mundo da música para o mundo das marcas e estratégias de marketing, branding e comunicação, com novos modelos de benchmarking e insights inspirados nas bandas que todos ou muitos de nós conhecemos. E durante os trabalhos que fazíamos nas empresas diziam-nos sempre que a empresa tinha uma banda, ou então, não tendo a banda, referiam que aquele colaborador tocava guitarra, o outro tocava bateria, etc. Sabendo que havia outras empresas que também tinham as suas bandas, em 2013 convidámos várias delas para participarem naquele que viria a ser o primeiro festival de Bandas de Empresas. No final de três noites de festival, e após validarmos alguns pontos, concluímos que fazia sentido continuar e trabalhar o evento para além das bandas de empresas.

Briefing | Que balanço fazem do festival nestes últimos dois anos?

FGB | O balanço é francamente positivo. A primeira edição foi organizada em menos de dois meses e mesmo assim, como disse, após três noites de festival deixámos uma marca muito forte. As pessoas adoraram a experiência. Mas sentimos que devíamos apostar em três eixos dentro das empresas: os que tocam (os músicos das empresas), os que não tocam (os restantes colaboradores) e os que decidem se tocam ou não tocam no festival (decisores). Focando-nos nestes três eixos conseguimos criar um ambiente extremamente “cool” e positivo tornando o evento verdadeiramente diferenciador, no universo corporate, o que nos leva igualmente a acompanhar a ambição das empresas para inovar todos os anos. Nesse sentido, nesta terceira edição, iremos fazer o festival Brands Like Bands num espaço maior, aos sábados e levar igualmente o evento para o Porto, onde adesão das empresas foi excelente.

Briefing | Como é financiado o festival?

FGB | O Brands Like Bands, não obstante de ser essencialmente um projeto de comunicação, é um evento sem fins lucrativos, que é apoiado por todas as empresas participantes e também pela Multitempo, empresa da RHmais, que nos apoia de uma forma ímpar com a execução do Executive Breakfast, que junta a gestão de topo das empresas participantes no festival, fornece igualmente o prémio/lembrança pela participação das bandas e que nos apoia também na sua especialidade: a área de recursos humanos. Só com toda a conjugação de esforços, entre bandas de empresas e parceiros, é possível canalizar integralmente todas as verbas de bilheteira para uma causa, este ano a Música nos Hospitais.

Briefing | Como funciona o processo de seleção das bandas participantes?

FGB | Têm que se sentir sobretudo parte integrante do evento, no seu todo. De resto como costumamos dizer as bandas não precisam de “mandar postais”. E a verdade é que não nos temos dado mal com esta abordagem, porque tocar é como andar de bicicleta: podes deixar de tocar durante algum tempo mas quando voltas a tocar, rapidamente voltas a apanhar o jeito. Nós criámos esse estímulo com o festival, é a continuação do sonho, independentemente da idade, estado civil ou estatuto profissional. Se estas bandas dão “pregos”? Dão os mesmos que as bandas profissionais. Todavia estas até tocam com mais paixão, porque fazemos com que, independentemente do local, se sintam a tocar em Wembley. É todo esse espírito que é criado pelas empresas que propicia este ambiente onde a maior ativação das marcas são as próprias pessoas.

Briefing | Pretendem alargar o festival a outras cidades nacionais além de Lisboa e Porto?

FGB | Temos sido desafiados para internacionalizar o festival de Bandas de Empresas, mas é um passo que, tal como outros, tem que ser dado com muita segurança. Temos também a proposta de levar o evento a outras cidades em 2016, ano que já começámos a pensar de modo a reforçá-lo e ligá-lo com outros eventos que forneçam mais outputs e valor acrescentado a todos os envolvidos.

Briefing | Como comunicam o festival?

FGB | A comunicação do festival assenta nos parceiros e outros meios que nos honram com o seu interesse, mas vive essencialmente da comunicação interna das empresas participantes, fazendo-as mobilizar, bem como a rede pessoal de cada um dos colaboradores, abrindo-se assim à sociedade enquanto marcas cool, às quais todos se querem agregar.

 

Brands Like Bands: Why?

Na edição de 2015  do Brands Like Bands vão atuar as bandas da ANA – Aeroportos de Portugal, CEiiA, Impresa, INESC TEC, Liberty Seguros, Roff, Samsung, Siemens e SISCOG. Mas o que levou estas empresas a mostrar o seu lado musical?

Ana Rocks (ANA – Aeroportos de Portugal): “Os benefícios a retirar de tão natural e pouco oneroso investimento são múltiplos, concorrendo fortemente para o reforço do sentimento de pertença, pilar que alicerça as empresas com grande capacidade de resposta a envolventes dinâmicas e exigentes, como é o caso da ANA Aeroportos de Portugal”.

AudioCEiiA (CEiiA): “A motivação dos colaboradores tem sido um dos pilares de ação da área de RH e esta foi mais uma oportunidade para reforçar a união entre as diferentes áreas de atividade do CEiiA e estender a lógica de trabalho de equipa, de compromisso e envolvimento, a algo que pode ser, para muitos, a concretização de um projeto há muito sonhado”.

Ar de Coro (Impresa): “Num dia de ‘tempestade perfeita’, algures no final de 2012, juntaram-se as vontades de uns quantos trabalhadores do grupo Impresa Norte (SIC, Expresso, InfoPortugal e Visão). Por força das razões profissionais e de outras de que não reza esta história, nunca fomos muitos nem quisemos que a coisa se tornasse muito séria, mas sempre mantivemos a vontade”.

INESC TEC Jazz Band (INESC TEC): “A *INESC TEC Jazz Band* posiciona-se num formato jazz que explora sons novos e clássicos, num registo descontraído e despretensioso. O interesse por este festival surgiu já o ano passado, altura em que colocámos na agenda uma eventual participação na edição deste ano por se adequar ao formato da banda”.

Liberty Big Band (Liberty Seguros): “Porque estamos a levar o nome da Liberty Seguros, a nossa empresa de que nos orgulhamos, até pessoas que se calhar veem os Seguros como uma atividade cinzenta e pouco criativa. Porque gostamos de desafios e de nos desafiar a nós mesmos”.

Roff&Roll (Roff): “Participar no Brands like Bands foi uma oportunidade de descobrir os talentos musicais dos nossos colaboradores, de empreender uma iniciativa agregadora e que transmite claramente os valores da ROFF: modernidade, performance, honestidade, dinamismo e inteligência”.

O Figmento da Imaginação (Samsung): “Com o apoio de toda a organização a banda estreia-se agora no palco Brands Like Bands naquele que vai ser um concerto memorável num festival que será o primeiro de muitos. Faz todo o sentido que a estreia seja feita neste festival porque todos os elementos representam a mesma Brand numa Band cheia de imaginação”.

Big Band Siemens (Siemens): “Esta iniciativa tem permitido aos elementos da Big Band Siemens reforçar laços entre si e com os outros colegas, os seus maiores fãs, enquanto libertam o stress a fazer algo que os apaixona. A Big Band Siemens é o exemplo perfeito de que é possível reforçar o sentimento mais genuíno de um colaborador, o de pertença, através de uma iniciativa que vai além da esfera profissional”.

Rolling Stocks (SISCOG): “Consideramos que a responsabilidade social de uma empresa é cada vez mais o contributo que ela pode dar para o desenvolvimento sustentável da comunidade em que está inserida. A banda da SISCOG, os Rolling Stocks, é um dos pilares da intervenção da empresa nesse sentido”.

rs@briefing.pt 

 

Quinta-feira, 24 Setembro 2015 12:29


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