Há Música no Parque. Palavra da Karla

Há um novo festival em Cascais: o Música no Parque. A promotora do projeto, Karla Campos, afirma que se foca num cartaz com 100% de música portuguesa e em novas regras para o público e o próprio evento. Este decorre entre 22 e 31 de julho, no Parque Marechal Carmona e no Hipódromo Manuel Possolo.

Briefing I Qual o posicionamento do festival Música no Parque?

Karla Campos I É um posicionamento de investimento em cultura. Todos estão a passar por momentos muito difíceis, é certo, mas se é a possibilidade de trabalhar, vamos trabalhar. Mesmo não tendo nenhum sponsor, queremos avançar e trabalhar e dessa forma colocamos uma série de pessoas a trabalhar: artistas, técnicos, operacionais, comunicação.

 

Devido à pandemia da Covid-19, os festivais têm sido sucessivamente adiados e cancelados. Sendo assim, porque decidiram criar um novo festival?

Temos que fazer mexer. Não há volta a dar em termos de objectivamente combater de outra forma. Um novo festival, com música portuguesa, para público nacional sedento de espectáculos, tinha que acontecer.

 

O que diferencia o festival Música no Parque dos outros festivais?

Foco total à música portuguesa com a particularidade de novas regras para o público e para o próprio evento. Temos espaço para que se consiga estar em segurança, com o devido distanciamento, porque é um festival ao ar livre, com cadeiras, com muito espaço para todos.

 

Qual tem sido a adesão das marcas ao festival?

É uma altura critica também para as marcas. Fará parte da estratégia de cada marca reagir à pandemia adequando a cada marca em si. Da nossa parte quisemos ir para a frente mesmo não tendo qualquer apoio.

 

Como vai ser feita a comunicação?

Vamos sobretudo utilizar muito as redes sociais, outdoors e as nossas parcerias de excelência como a SIC e o grupo MCR.

 

Por vezes, diz-se que a cultura em Portugal não é rentável. Criar um festival 100% música portuguesa e, cumulativamente, ter de cumprir todas as limitações de saúde e segurança devido à Covid-19 não a preocupa? Não pode tornar este festival num evento pouco rentável?

Totalmente de acordo. Não procuramos aqui lucro, porque não é de todo possível. Queremos é trabalhar para o bem de todos: economia, cultura, hotelaria, restauração, e fundamentalmente porque o público precisa de cultura. É mais forte do que qualquer medida contraproducente de qualquer governo.

 

catarinafarinha@newsengage.pt

Quinta-feira, 01 Julho 2021 10:58


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