Human skills? Sofia de Castro Fernandes vai apresentar algumas na Happy Conference

As competências humanas serão o foco da apresentação da fundadora do às nove na Happy Conference, que decorre esta quarta-feira, 10 de julho, no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. Em entrevista à Briefing, Sofia de Castro Fernandes, afirma que acredita que as skills que selecionou para apresentar são “altamente valorizadas” no mercado de trabalho atual e “fundamentais” para navegar pelas mudanças a que o mundo assiste com as tecnologias emergentes.

Human skills? Sofia de Castro Fernandes vai apresentar algumas na Happy Conference

Briefing | A Happy Conference decorre hoje, 10 de julho. O que justifica a escolha do tema que vai apresentar?

Sofia de Castro Fernandes | A Happy Conference é um encontro transformador que aborda a importância e evolução da liderança e das culturas positivas e de bem-estar nas organizações. Este ano o titulo é “The Beauty of the Unknown”, com o qual me identifiquei desde o primeiro instante.

O meu desafio com a Happy Conference, começou em 2019, na sequência do seu décimo aniversário em que estive presente pela primeira vez e pude assistir à apresentação de Tal Ben-Shahar, um reconhecido professor de Harvard, escritor e autor, especialista no desenvolvimento de liderança.

Esse momento foi muito inspirador para mim e é nessa sequência, que entregarei a minha visão das Durable Skills e em particular, a relevância de competências-chave como a adaptabilidade, a curiosidade, a responsabilidade e a determinação, para o sucesso pessoal, das equipas e das organizações.

São estas competências que permanecem relevantes e valiosas ao longo da nossa vida, independentemente de mudanças tecnológicas ou do setor em estejamos a trabalhar e são essenciais, porque ajudam as empresas e as pessoas a adaptarem-se, a comunicarem eficazmente e a trabalharem melhor uns com os outros.

O que podemos esperar da sua apresentação?

Será uma apresentação muito objectiva e focada num conjunto de human skills que considero fundamentais.  Estas competências são altamente valorizadas no mercado de trabalho actual, porque ao contrário das competências técnicas específicas (que se podem revelar obsoletas com o tempo), estas human skills são competências que permanecem úteis e aplicáveis em diversos contextos e ao longo de toda e carreira de um indivíduo. Há diversos estudos que mostram uma crescente valorização de talentos  com este tipo de competências bem desenvolvidas, que se revelam essenciais para o sucesso a médio e longo prazo das organizações e para a adaptação a ambientes de mercado em constante evolução.

A titulo de exemplo, de acordo com o ultimo relatório do Fórum Económico Mundial, até 2025, cerca de 50% de todos os colaboradores precisarão de reskilling & upskilling devido à automatização e tecnologias emergentes.

De uma experiencia de mais de 20 anos, no desenvolvimento de competências pessoais e organizacionais, acredito que as human skills que selecionei para apresentar na Happy Conference, serão fundamentais para navegar por estas mudanças.

Entre os vários oradores e temáticas da Happy Conference, quais lhe suscitam especial interesse?

Tenho muita curiosidade em ouvir todos! A curadoria dos temas desta edição tão especial está tão bem organizada e articulada que me é mesmo difícil escolher apenas uma temática. Tenho a certeza que sairei desta Conferência cheia de ideias e vontade de pôr em prática tudo o que aprender com cada orador.

Que papel tem a motivação na felicidade das pessoas e, consequentemente, das empresas?

Sempre que me é permitido, gosto de explorar a relação entre a motivação e a disciplina e o que será, de facto mais importante para a felicidade das pessoas e, consequentemente, das organizações. Porque é efectivamente uma questão complexa e que dependerá dos contextos e das características de cada um de nós. Não obstante a sua complexidade podemos explorar o peso de ambos e os fatores que influenciam a felicidade e o sucesso, tanto a nível pessoal como organizacional.

No contexto da felicidade e do sucesso organizacional, tanto a motivação como a disciplina são essenciais e interdependentes. A motivação proporciona a energia e o entusiasmo necessários para iniciar tarefas e projetos, enquanto a disciplina garante que esses esforços sejam mantidos e concluídos com consistência e qualidade. Empresas que conseguem equilibrar e integrar ambos os fatores tendem a ser mais eficazes e a criar ambientes de trabalho mais positivos, mais produtivos e satisfatórios para seus colaboradores.

A motivação sem disciplina pode levar a esforços inconsistentes, enquanto a disciplina sem motivação pode levar ao burnout. É importante encontrar equilíbrio entre ambas.

E esta questão remete-me de novo a 2019, quando Tal Ben-Shahar usou como metáfora uma escova de dentes. O que seria da nossa higiene oral, se não fossemos disciplinados?

Quarta-feira, 10 Julho 2024 12:48


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