Inspirado num dos monumentos emblemáticos de Madrid, a Porta de Alcalá, o logo divulgado na cerimónia oficial apresenta cinco arcos coloridos, simbolizando os aros olímpicos, e nos quais estão desenhos traços ambíguos que geraram polémica: para uns representam a letra “m” e os números 2 e 0, significando Madrid 20, mas, para outros, parecem formar 20020. Também a palavra Madrid, no rebordo inferior do logo, aparece mal acentuada. Além de que o continente africano – habitualmente identificado pela cor negra – não parece estar representado.
Não era, assim, contudo, o desenho de Luis Peiret, que apresenta traços mais direitos, um dos cinco elementos coloridos é negro e os símbolos neles inscritos não deixam dúvidas – são a letra “m” e os algarismos 2 e 0. Também a palavra Madrid aparece com a acentuação correta.
Citado pelo El País, Peiret explicou que uma das condições do concurso definia que “uma empresa de prestígio” poderia alterar o logo original: “Eles saberão por que o cortaram assim e por que colocaram um acento em Madrid”, disse. “Não tenho nada a ver com o desenho final do logótipo, é diferente do que apresentei. Gostava mais do meu”, acrescentou.
O desenho original foi, de facto, modificado pela empresa TAPSA, que assina a imagem final.
As críticas ao logótipo apontam também no sentido de que é muito parecido com o da candidatura aos jogos de 2016, em que Madrid se fez representar por uma mão aberta e, desta vez, os arcos também podem ser interpretados como sendo cinco dedos.
A polémica mais recente envolve uma acusação de plágio. A empresa Macaisa, que fabrica “as primeiras mascotes gay do mundo”, acusa Madrid 2020 de ter copiado o seu logo e o desenho dos bonecos, apresentados a semana passada na feira de turismo da capital espanhola, Fitur.
“Ligaram-nos de vários sítios do mundo para nos dizerem que o logo olímpico é igual ao nosso”, disse um porta-voz da empresa, citado pelo El Mundo.
Fonte: El Mundo e El País