Luz baixa, um sistema de som otimizado e música de todos os géneros compõe os “listening bars” que proliferaram no Japão, após a Segunda Guerra Mundial. O Dahlia inspirou-se neles e proporciona esse ambiente cool, em que se pode estar a partilhar comida ou a beber um copo com amigos enquanto se ouve bem boa música. São cerca de três ou quatro mil vinis que estão à vista de todos e que fazem parte da coleção de David, o DJ Trus’me, que – confessa – já perdeu a conta de quantos são. Quando não está, há uma caixa de discos que considera dar para qualquer ocasião, é só pô-los a tocar.
David Wolstencroft, juntamente com os três outros sócios, Hamish Seears, Tiago Oudman e Harrison Iuliano, inauguraram o Dahlia, que abriu portas oficialmente a 20 de julho deste ano. Ao projeto, juntou-se Adam Purnell, que viajou de Berlim até Lisboa para assumir a gerência do espaço, projetado e decorado por Tiago Oudman. Além da música, o bar oferece uma carta com comida para partilhar, inspirada no Médio Oriente, e uma seleção de vinhos naturais e cocktails.
Da nossa experiência, fizeram parte: o flatbread caseiro; a beterraba curada, laranja e vinagrete de pistachios; o tahini; o camarão selado, chilli bisque e kimchi; e as costoletas de borrego seladas, cominhos e queijo caseiro. Talvez, quando lá voltarmos, a carta já seja outra, uma vez que os chefs Vítor Oliveira e Gabriel Rivera apostam em ingredientes frescos e da época, pelo que o menu está sempre em atualização.
A acompanhar a refeição, esteve o cocktail “Orange Fashioned”, preparado pelo mixologista Rony Hernandez, bem como um vinho natural branco e outro tinto. Estes últimos, provenientes de pequenos produtores que utilizam técnicas alternativas, sem recurso a produtos químicos, são os reis da carta de bebidas e os únicos vinhos à mesa. São 20 referências, nacionais e internacionais – Espanha, França ou Nova Zelândia –, que também elas são permanentemente renovadas.
Claro está que a música esteve sempre on. Era um jazz, que, como tudo, #ProvamosEAprovamos.