Briefing | Que impacto teve a Covid-19 na atividade do Forum Madeira?
Paulo Alves | O impacto da Covid-19 no Forum Madeira, que, na verdade, se estende ao impacto que terá nos restantes centros comerciais geridos pela Multi Portugal, é significativo. Na verdade, é um impacto expressivo como em qualquer outro setor.
Mas o que realmente importa é como olhamos para estes acontecimentos e a nossa agilidade em responder positivamente aos desafios. Da nossa parte, enquanto entidade gestora, o foco está na forma como o Forum Madeira aproveitou este tempo para se preparar para a reabertura. Os planos adequados à abertura foram desenhados de forma ágil e clara, para que o aval à abertura do centro fosse imediato.
Do ponto de vista do marketing e da comunicação, o que foi feito para manter a marca no top of mind dos consumidores?
Toda a incerteza vivida nos primeiros tempos foi muito desafiante para todos nós. Sendo a saúde publica o mais importante, assumimos uma postura de “centro de informação”, que mantemos até aqui. Isto é, tentámos sempre falar com os nossos clientes fornecendo toda a informação disponível tanto a nível de serviços, horários e normas de segurança.
Um centro comercial deve ter esta responsabilidade perante a comunidade local onde se insere. O papel de informar e assegurar os serviços que permitam aos nossos visitantes ter acesso ao essencial.
O que levou à decisão de reabertura, no início deste mês?
Na verdade, a decisão de reabertura foi uma decisão do Governo Regional da Madeira, em conjunto com as entidades de saúdes locais, que viram reunidas as condições para que tal pudesse acontecer.
Com o compromisso do Forum Madeira, e da Multi Portugal, em assegurar todas as condições necessárias, o recomeço foi adequado, pois estamos empenhados em recomeçar a estimular a economia nacional.
É possível garantir que as medidas de segurança são cumpridas?
É para isso que trabalhamos. Não vamos, nesta fase, atingir o número de visitantes de outrora devido a todas as condicionantes. Implementámos uma série de medidas que permitem um controlo apertado da parte das equipas de segurança nas entradas e um circuito interno de controlo ao longo do centro comercial e assim conseguimos garantir que o Forum Madeira cumpra com rigor as medidas adotadas. No nosso espaço todos os colaboradores e visitantes têm máscara, disponibilizamos dispensadores de gel desinfetante para reforçar as ações de higienização por parte das pessoas, a cadência de limpeza e higienização foi aumentada e, muito importante, construímos espaços de circulação – sem cruzamento direto de visitantes – com a devida sinalética.
O controlo é apertado, mas tem sido altamente compensatório, pois vemos o voto de confiança da população que nos voltou a visitar.
E como está a ser comunicado o regresso?
A comunicação institucional do Governo da Madeira deu o primeiro passo, de seguida, contámos com alguns momentos de comunicação e pontos de contacto direto com os nossos seguidores de Facebook e Instagram, bem como com reportagens de alguns meios nacionais e regionais que tomaram o Forum Madeira como exemplo, para demonstração das boas práticas a adotar pelos novos visitantes. Contámos com a Happy Brands para desenvolver a comunicação para todos os centros que gerimos, incluindo o Forum Madeira, e estamos igualmente a definir uma série de diretrizes e iniciativas que serão implementadas a curto/médio prazo.
Quais são as expectativas em termos de negócio?
Para já não conseguimos avançar um número ou percentagem. Nunca assistimos a uma pandemia mundial com repercussões tão fortes na nossa economia. No caso do Forum Madeira, estamos muito positivos, uma vez que temos toda a atividade aberta e pronta para recuperar estes quase dois meses. Começámos com o Forum Madeira e, ao que tudo indica, dia 1 de junho continuaremos com o Almada Forum, Forum Viseu, Forum Algarve, BPlanet, Armazéns do Chiado, Braga Retail Center e Forum Coimbra. O mais importante é, sem dúvida, garantir todas as condições de segurança. Com o retorno de visitantes, aos centros comerciais, o negócio terá um incremento natural e adaptado a esta nova realidade.