Briefing | O que levou à criação de um sistema de pontuação que avalia o impacto social e ambiental dos produtos Fructis e Ultra Suave em Portugal?
Afonso Cruzeiro | Ser sustentável, respeitar o planeta e ser responsável ao nível social são compromissos que a Garnier tem no seu ADN e tem vindo a materializar com diversas iniciativas ecofriendly. Dando continuidade a ele, e porque em 2017 fomos pioneiros na transparência ao apresentar a listagem da origem dos ingredientes na rotulagem dos produtos, demos um novo passo em frente recentemente e partilhamos agora o impacto social e ambiental dos produtos de Hair Care da Ultra Suave e Fructis.
Este sistema de pontuação que avalia o ciclo de vida dos produtos foi desenhado de acordo com a metodologia de avaliação desenvolvida pela L’Oréal, entre 2014 e 2016, o SPOT – Sustainable Product Optimization Tool. Através desta mecânica de análise, é atribuída a classificação de “A” a “E”, onde “A” se refere aos produtos que se encontram entre os 10% mais sustentáveis e “E” são aqueles que se enquadram nos 10% com maior impacto, dentro do universo L’Oréal e na mesma categoria. O objetivo foca-se no empoderamento do consumidor, ao facultar-lhe toda a informação de que precisa para fazer compras conscientes e informadas.
A preocupação da massa consumidora com a sustentabilidade é crescente e a Garnier tem desempenhado um papel fundamental ao oferecer soluções eficazes. Acreditamos no poder deste sistema que já foi testado em países como França, EUA e Índia e conseguiu criar interesse no consumidor, bem como fazê-lo optar por produtos com um menor impacto ambiental e mudar hábitos de consumo ao optarem por alternativas mais sustentáveis.
Por que decidiram começar a implementar a avaliação na categoria Hair Care?
A Garnier tomou a decisão de começar a implementar este sistema nessa categoria pelo facto dos produtos que necessitam de enxaguamento terem um impacto 10 vezes superior ao dos restantes. Isto acontece devido à sua fase de uso: desde a energia necessária para aquecer a água utilizada no duche, à água necessária para enxaguar, bem como a que é precisa para tratar da água que foi utilizada durante o processo. É necessário também ter em conta a fase de uso, que constitui mais de 50% do impacto de um produto e que produtos como o champô têm fases de uso que se traduzem em 60% do impacto geral.
Depois da Garnier, a ideia é estender esta iniciativa a mais marcas do grupo.
De que forma é que o projeto revela a transparência das marcas?
Além de ter sido codesenvolvida e aprovada por 11 especialistas, entre 2014 e 2016, e ainda estar alinhada de acordo com as diretrizes do European Product Environmental Footprint (PEF) e do Environment & Energy Management Agency (ADEME), a nossa metodologia foi concebida de modo a que o impacto dos produtos fosse comunicado de forma transparente e objetiva, sendo os dados que disponibilizamos em cada produto auditados pelo Bureau Veritas Certification. A nossa meta é atingir o máximo nível de transparência, sem omitir nenhum fator de impacto.
Desta feita, o nosso sistema de pontuação oferece uma visão geral e correta do impacto dos produtos, que tem em conta a análise de 14 fatores, como: a emissão de gases nocivos, a escassez de água, a acidificação do oceano ou o impacto na biodiversidade, e as informações sobre a embalagem. São medidos em cada fase do ciclo de vida do produto, como, por exemplo, a água utilizada na produção, a percentagem de plástico usada no embalamento, as emissões de CO2 para aquecer a água do duche quando se usa um champô, bem como dados que indiquem a pegada ambiental de carbono e de água – os dois fatores que mais pesam no impacto que um produto pode ter, perfazendo no total 65% do impacto ambiental dos produtos de cosmética de L’Oréal. Além disso, também partilhamos dados que estejam relacionados com o impacto social da produção, como o cumprimento dos princípios da ONU sobre as normas laborais.
Assim, agora basta aceder às páginas dos produtos Garnier, como champôs, máscaras e amaciadores, no site da marca, e conhecer o respetivo perfil para obter informações mais claras e úteis.
O que pretendem fazer aos produtos que estejam classificados com as letras “D” ou “E”?
Estamos a fazer uma transformação profunda em nome da iniciativa Green Beauty e queremos inspirar o consumidor a agir connosco, pois quanto mais informados estiverem, melhor podem agir. Para os produtos classificados com as letras “D” ou “E”, planeamos implementar um plano de ação, exceto para as versões de viagem, onde iremos oferecer aos consumidores uma alternativa àqueles produtos que apresentam um impacto maior. Estamos a trabalhar diariamente para comprimir a meta de tornar todos os nossos produtos eco-designed, até 2030.
O que se pode esperar da Garnier, no novo ano, ao nível da inovação e sustentabilidade?
Estamos no bom caminho para cumprir com mérito e sucesso as metas a que nos propusemos até 2025. Estamos permanentemente a introduzir novas iniciativas que deem resposta às necessidades em emergência. Vamos certamente dar continuidade a um compromisso para uma beleza sustentável com utilização de mais fontes solidárias, mais fórmulas ecológicas, mais embalagens recicladas e recicláveis, mais energias renováveis, bem como fortalecer ligações com inúmeros parceiros: Ocean Conservancy, Plastics for Change, National Geographic Explorers, Cruelty Free International, e muitas outras associações e ONG com o mesmo foco que a Garnier – dar passos em frente num mundo mais verde.
Do ponto de vista do sistema de pontuação implementado, a ideia que temos em mente neste momento é que este se vá estendendo progressivamente por outros países, marcas e categorias de produtos. Vamos continuar a trabalhar para aumentar o portefólio de produtos ecofriendly e construir uma relação de transparência com os consumidores.