O vídeo como ferramenta de self-branding

O vídeo, enquanto ferramenta de marketing imprescindível para marcas já estabelecidas, ou start-ups a posicionarem-se ainda no mercado, torna-se cada vez mais também uma ferramenta poderosa de marketing pessoal, que nos pode apoiar na conquista de novos clientes, parceiros, ou até na procura de emprego (como o caso de vídeo CV, que se encontram cada vez mais presentes em perfis do LinkedIn).

As exigências para a realização e edição de um vídeo de self-branding poderão afastar-nos da utilização desta estratégia no digital. A ideia de criarmos um vídeo pressupõe de imediato uma criatividade e exposição diante de uma câmara, para a qual podemos não nos sentir preparados. 

No entanto, além de algumas regras básicas para a produção e edição desse mesmo vídeo, a forma como comunicamos a nossa mensagem poderá ser a chave para o sucesso.

Numa estética clean, a forma como nos comunicamos diante das câmaras deve ter em conta, como um guia, as seguintes etapas:

  1. Tem de existir uma preparação para que a comunicação seja projetada para o público de forma natural. A leitura do guião escrito para o vídeo, caso este não seja memorizado, tem de ser imperceptível para a audiência através do uso de teleponto (existem hoje opções baratas no mercado e até apps para o efeito). Como apresentadores, temos de manter o olhar para o nosso público que nos vai ver através da câmara que nos está a filmar. Por outro lado, o discurso não verbal tem de ser sincronizado com o discurso, para criar dinamismo no vídeo e manter a nossa audiência focada na nossa mensagem.  
  1. O vídeo tem de seguir uma estrutura lógica. Para isto, teremos de selecionar as componentes essenciais do nosso discurso – introdução forte e apelativa, um desenvolvimento claro e interligado, e uma conclusão bem definida – e trabalhá-las de uma forma harmoniosa, interligando-as. É nesta estrutura lógica que se sustenta o nosso valor acrescentado para determinados stakeholders.
  1. Tem de existir criatividade e dinamismo! Um vídeo estático sem elementos visuais como imagens, ícones ou animações, não capta a atenção de quem nos vê da mesma forma. Devemos assim ser dinâmicos na nossa comunicação – verbal e não verbal – bem como ter em conta a implementação de elementos visuais criativos que servem como suporte às nossas mensagens.

A nível de produção, para garantir a máxima eficácia depois de se assegurar toda a preparação prévia, é necessário garantir quatro partes essenciais:

  1. A iluminação, que deve assegurar que as sombras são eliminadas. A utilização de suportes e pano de fundo pode ajudar no sentido de incorporar iluminação que permita remover a sombra por trás de nós. A utilização de iluminação lateral também é fundamental, para que o foco sejamos nós, enquanto sujeitos.  
  1. O som, que não deve ser diretamente da câmara, mas sim de microfone externo de lapela. Através do uso deste microfone, o som será mais limpo, sem outros ruídos de fundo ou eco. 
  1. A nossa posição, isto é, estabelecer uma distância suficiente da câmara para que desta forma possamos comunicar verbalmente e não verbalmente, o que é fundamental para marcar o dinamismo da nossa mensagem. 
  1. A altura da câmara que, através de suporte, se deve ajustar à nossa altura, estando nós a fazer o nosso discurso em pé ou sentados (preferencialmente em pé para criarmos mais impacto com a nossa linguagem corporal).

Comunicar em vídeo é uma excelente e inovadora forma de nos autopromovermos e, como tal, de nos diferenciarmos. Mas, para que possamos criar impacto, não serve apenas fazer o vídeo, senão planear cuidadosamente toda a comunicação.

 

Vasco Araújo, Founder & CEO da Disruptive Media Training

 

briefing@briefing.pt

 

Terça-feira, 21 Dezembro 2021 11:51


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