Os técnicos de eventos voltam à rua

A APSTE – Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos organiza esta quarta-feira, 30 de junho, uma manifestação para chamar a atenção do Governo para “um setor que continua a ser fortemente negligenciado e abalado pela pandemia”. O protesto vai arrancar às 16 horas, na Praça Marquês do Pombal, em Lisboa.

Na manifestação, vão estar 170 empresas associadas e a APEFE – Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos, para sensibilizar o Governo de que a maioria dos profissionais e das empresas do setor estão sem trabalhar há mais de um ano. “Esta situação deve-se, em parte, à pandemia, mas também à ausência de políticas ou de uma estratégia nacional adequada. É urgente tomar medidas efetivas para assegurar a sobrevivência deste setor”, afirma a organização.

É com “desilusão e desagrado” que o setor se depara com as mais recentes medidas divulgadas pelo Governo e pela DGS, que determinaram a obrigatoriedade de testes à Covid-19 para os diferentes tipos de eventos, sem assumir as despesas inerentes. Por outro lado, a DGS revelou que o tratamento dos dados relativos aos eventos-piloto, realizados em abril e maio, “está demorado”.

“Os eventos-piloto foram uma iniciativa das associações, empresas e trabalhadores dos setores da cultura e eventos, quando devia ter sido do Governo, e surge exatamente com o objetivo de salvar o verão para todos os que vivem destas indústrias. Às autoridades nacionais apenas cabia a responsabilidade de rastrear e, consequentemente, dar um parecer sobre a viabilidade dos mesmos. Agora, no início do verão, temos conhecimento que o processo de tratamento dos dados está atrasado e nem sequer se conhece uma data para a apresentação destas conclusões. O que podemos dizer em relação a isto?”, questiona o presidente da APSTE, Pedro Magalhães.

briefing@briefing.pt

Terça-feira, 29 Junho 2021 12:40


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