O que é levado à mesa é uma fusão da dieta vegan com produtos do mar, daí o nome – seagan, o vegan que vem do mar. E o que inclui? Sobretudo algas e outras plantas marinhas, e, pontualmente, peixe e crustáceos.
Ambos os chefs reconhecem que não é fácil encontrar as combinações certas. Com larga experiência na cozinha, Eddy Melo diz que é preciso pensar muito e colocar muito rigor no que se faz. Sarah corrobora que é um desafio diário, dado que se trata, afinal, de fugir às regras tradicionais. “É uma viagem, estamos sempre a testar, é precisa muita criatividade para conjugar elementos que nunca tinha conjugado”, comenta.
É a resposta do restaurante numa altura em que há cada vez mais pessoas com restrições alimentares, mas também cada vez mais pessoas em busca de dietas alternativas e saudáveis.
Todas as segundas-feiras há um prato seagan novo. Propostas que surpreendem (surpreenderam-nos) como Crudívoro de noodles de Algas Kelp, com pepino, maçã verde, manga e gengibre, pickles caseiros de cebola roxa e ovas de salmão, com crocante de sementes de sésamo. Ou esferas de batata doce e wakami ou tume com bacalhau e niguiri.
E como têm sido recebidas? “No início, as pessoas ficam reticentes, mas voltam”, resume Eddy Melo.
O prato seagan ocupa um lugar no menu executivo dos dias da semana, ao lado das propostas assinadas pelo chef residente. O objetivo foi refrescar a oferta do restaurante, reforçando a sua aposta em produtos frescos.
Mas há mais novidades na carta, em parte inspiradas na origem açoriana do chef, em parte inspiradas na sua experiência internacional. Assim, pode-se começar por provar ceviche de atum dos Açores, com cenoura bio picante, abacate e tobiko wasabi, ou pica pau do lombo.
Entres os pratos de carne, a escolha pode ser entre entrecôte de vitela galega e chuleton galego, enquanto nos peixes vão à mesa sugestões como robalo grelhado com creme de topinambur, limão confitado, amêndoa e salicórnia, ou atum grelhado com feijão verde, lentilha beluga e pickles de manga picante e azeite.