#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

O que mais impressiona quando se entra nas curvas e contracurvas que conduzem à Quinta de Ventozelo é a imensidão da paisagem, que desce, em socalcos, dos 600 metros de altitude até ao rio Douro, com a vila do Pinhão lá ao fundo. E a vinha em toda a sua plenitude a ocupar metade dos 400 hectares da propriedade. Sem esquecer a piscina de borda infinita.

É um vasto anfiteatro em que a vinha convive com a mata e a floresta e, claro, com o rio. Mas também com as várias edificações que fazem desta quinta igualmente um hotel, onde é possível estar em harmonia com a natureza, deixando os sentidos à solta entre o verde das alturas e o azul sinuoso e profundo da linha de água. 

 

#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

 

Desde 2014 que este património está na posse da Gran Cruz. O diretor-geral, Jorge Dias, explica à Briefing a estratégia do grupo para Ventozelo: “Passou sempre por transformar a quinta numa propriedade modelar da região, afirmando a excelência dos seus vinhos do Douro e do Porto e outras produções agrícolas como o azeite, salvaguardando os habitats naturais existentes e fomentando a biodiversidade, de modo a garantir a sustentabilidade produtiva e ambiental. A valorização de Ventozelo significa ainda apostar no enoturismo, valorizando a autenticidade, a paisagem, a história e a gastronomia.”

 

#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

 

Comecemos pelas vinhas. O que o olhar alcança é uma imensidão de verde, mas está longe de captar a dimensão: afinal, são cerca de 200 hectares, com mais de um milhão de videiras, que se estendem desde a margem do Douro, a escassos 130 metros, até aos 500 metros. A diferença de altitudes seria suficiente para diferenciar o terroir, mas já mais: as diversas exposições solares, a idade das vinhas, a variedade de castas. Basta dizer que

vinhos monovarietais são uma dezena, sem contar com os blends.

 

#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

São vinhos que se podem conhecer em experiências personalizadas, de prova, que permitem descobrir quão distintos são. Mas que se podem igualmente degustar na Cantina de Ventozelo, o restaurante onde outrora se serviam as refeições dos trabalhadores. Da cozinha sai “o Douro numa quinta”: o que chega às mesas da sala interior e da esplanada são, de preferência, produtos da casa: (a)provámos continha acelga, figos, beterraba, entre outros hortícolas cultivados mesmo em frente. A caça e a carne maronesa também marcam presença, em porções generosas, que ajudam a confortar o corpo depois de alguns quilómetros calcorreados pelos caminhos de terra ladeados de vinha que descem até ao cais.

 

#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

 

E é aí que se encontra um dos alojamentos deste hotel muito particular. O nome não engana: é a Casa do Rio. Mais acima, fica a Casa Grande e aqui o nome também não engana, pois são seis quartos duplos superiores. Para os 29 quartos que a quinta oferece, todos enquadrados nos socalcos, falta ainda contar com os cinco duplos e a suite para pessoas com mobilidade reduzida da Casa do Feitor; com os cinco quartos duplos da Casa

do Laranjal (sim, há mesmo um laranjal) e com o quarto duplo da Casa Romântica e com os sete quartos duplos dos Cardanhos. E há os Balões. São dois, caiados de brancos, cada um com quarto duplo, sala de estar e alpendre aberto sobre a paisagem. É toda uma experiência peculiar ficar nesta casa abobadada que, em tempos, serviu para armazenar vinho. 

 

#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

 

Há um propósito por trás desta diversidade: nas palavras do diretor-geral da Gran Cruz, trata-se de proporcionar uma vivência autêntica e simples como a do quotidiano das tradicionais quintas durienses. No horizonte, estão planos para alargar a oferta, dado que ainda existem edificações na quinta, algumas do século XVI, que podem ser convertidas, “acrescentando-lhes contemporaneidade sem perturbar a paisagem onde estão inseridas”.

Porque, em Ventozelo, privilegia-se a natureza. Daí os nove percursos pedestres, por exemplo. Mas, para quem quiser render-se ao dolce far niente, nada melhor do que a piscina infinita, de orla debruçada sobre a vinha e o Douro, com o Pinhão ao fundo. É do mais instagramável que há.

 

#ProvamosEAprovamos o Douro na Quinta de Ventozelo

 

Não admira que Jorge Dias realce que o projeto se destina a todos aqueles que procuram experiências únicas e diferenciadoras de forte cariz sensorial: “Quem procura Ventozelo são turistas fortemente implicados na descoberta do território que visitam e que criam memórias afetivas com os nossos produtos e marcas”. 

 

E quem são esses turistas? Dado que o Ventozelo Hotel & Quinta abriu portas pouco antes do início da pandemia, começou por receber um público essencialmente português, o que – reconhece – “não estava dentro das expectativas”. Mas há sempre um lado positivo: foi “uma oportunidade única para dar a conhecer o projeto no mercado interno e permitir uma divulgação boca a boca que funcionou muito bem, considerando as boas taxas de

ocupação”. No entretanto, o turismo estrangeiro, nomeadamente espanhol, francês e brasileiro, voltou a ganhar expressão. Afinal, com ou sem pandemia, espaço não falta para estar em sintonia com o mundo rural desta propriedade de São João da Pesqueira.

 

fs@briefing.pt

Quinta-feira, 11 Novembro 2021 16:57


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