Começamos a refeição com Misohiru, uma sopa de miso com wakame, tofu, sésamo, cebolinho e alho francês, que abriu caminho para as Gyozas de frango e de vegetais. E se este início estava a ser bom, subiu de nível com a chegada à mesa do Ebi Furai: tempura de camarão com maionese picante, e com o Edamame, o feijão que tem conquistado fãs, em Portugal, e ao qual não ficamos indiferentes.
Ainda nas entradas, embora – quase – com a aparência de prato principal, provamos o Tártaro, que era, no caso, picado de salmão com molho do chefe e manga, e o Ceviche de três peixes. Gostamos de ambos, mas, se só pudéssemos escolher um, optaríamos pelo segundo.
E eis que chegamos ao prato principal. A escolha recaiu sobre um Teriyaki. Provamos, assim, um salmão grelhado com molho teriyaki, acompanhado de legumes e arroz.
Então, e o sushi? Veio no fim, e ainda chegou quente. Sim, porque optamos pelos hot rolls. Provamos e – sem dúvida – aprovamos o Especial Sake Creme Quente, composto por salmão, queijo creme, cebolinho, topping de salmão picado e braseado, ito tougarashi e teriyaki.
Para terminar: os doces. As sobremesas são todas feitas no restaurante e não quisemos deixar de prova-las. Na verdade, experimentamos todas as sugestões da carta. Entre o Petit Gateau de Chocolate – que veio acompanhado de gelado de baunilha e um topping de caramelo salgado –, a Panacota de Macha com Frutos Vermelhos e o Cheescake de Yuzu – um fruto cítrico muito popular, no Japão –, é difícil eleger o melhor. E como isto não é uma competição: gostamos de todos… o que importa é participar, que é como quem diz, comer.
Além da comida, temos de comentar o espaço. Há três cores que se destacam, o preto, o branco e o vermelho, mas, sobretudo, é impossível não reparar no cruzamento entre a cultura portuguesa e japonesa, presente na decoração. Entre a bandeira do Japão sobre a calçada portuguesa, um manjerico e um bonsai, lado a lado, e até mesmo um “confronto” entre um galo de Barcelos e um dragãom são vários os elementos que contam a história do restaurante, que se desenvolveu em torno de uma personagem fictícia – o Manuel Sá Morais – que numa viagem se apaixonou por uma japonesa. A isso juntou-se o seu gosto pela gastronomia, que o levou a aprender a cozinhar os pratos tradicionais do País com o pai da sua amada, trazendo, depois, esse conhecimento da culinária consigo, quando regressou a Portugal, abrindo restaurantes para homenagear essa cultura, sem esquecer a sua origem.
Bem, mas isto é apenas uma história, por detrás dela estão, na verdade, cinco amigos e sócios que iniciaram este projeto em 2015 e que, este ano, decidiram apostar num novo espaço. Criar um restaurante com sushi de qualidade a preços acessíveis foi o ponto de partida para a abertura do Sushi do Sá Morais.