O chef do 100 Maneiras não teve papa nas línguas e lamentou o facto de o Governo não fechar restaurantes, como medida de contenção do novo coronavírus. A decisão, de encerrar ou não os estabelecimentos, cabe aos proprietários dos espaços.
“Os restaurantes que se lixem, o mais importante é a saúde pública! Estou-me nas tintas para os turistas (…) Não sei como vou pagar os ordenados ao final do mês de 80 famílias, mas prefiro proteger os funcionários. Temos de fechar portas para não espalhar a doença”, diz, acrescentando que é necessário o apoio do Governo.
Seguiu-se um post no seu Instagram, onde referiu que ia fechar os seus dois espaços, 100 Maneiras e Bistrô 100 Maneiras, “sem data prevista para reabertura”. Muitos foram os chefs que se juntaram ao seu movimento, publicando fotos nas redes sociais com a hashtag #Tomates. Entre eles, encontram-se Leopoldo Garcia Calhau, da Taberna do Calhau, em Lisboa; Telmo Roque, que produz as facas dos chefs; Vítor Adão, do Plano, em Lisboa; o padeiro Mário Rolando; Duarte Eira, do Salpoente, em Aveiro; Pedro Figueiredo, sócio do Lapa Lapa, do Cantina 32 e do Puro 4050, todos no Porto; Tiago Miguel Costa, cuja família tem a Marisqueira Jomar, em Santarém; Hugo Nascimento, do Näperõn, em Odeceixe; David Timóteo, da casa do Clube, Penhas da Saúde, na Covilhã; e o restaurante Tasca do Joel, em Peniche.
