O Taigo é o primeiro crossover da marca alemã, refletindo o cruzamento entre um SUV e um veículo compacto, ou seja, é o que a Volkswagen descreve como o seu Crossover Utility Vehicle (CUV). Foi lançado em Portugal este ano, mas, se parece que já o tínhamos visto a circular há mais tempo, é porque o vimos mesmo. Afinal, foi desenvolvido e produzido no Brasil, já em 2020, como “Nivus”.
O diretor de Marketing da Volkswagen no País explica que, depois do sucesso por lá, decidiram reforçar a aposta numa “gama altamente apetecível no mercado, com um produto completamente diferenciador da concorrência e um nível de personalização que atrai um público com gostos muitos específicos”.
E que público-alvo é esse? Filipe Moreira explica que é o veículo ideal para “os que procuram um design desportivo a um preço justo, jovens aspiracionais atentos às novas tendências de design, jovens de coração e amantes do estilo de vida ativo”. Isto é: um público “irreverente e urbano”, que tem um grande foco na conectividade e no digital.
No lançamento em Portugal, o nome foi alterado de “Nivus” para “Taigo”, para seguir a estratégia que a marca tem vindo a adotar, escolhendo a letra T como inicial para os seus SUV e crossovers – T-Cross, T-Roc, Tiguan ou Touareg. No entanto, não houve apenas uma adaptação da nomenclatura para o mercado europeu. Também passou a ser produzido em Espanha, na fábrica de Navarra, e regista algumas alterações ao nível do design – versões e equipamentos – e da segurança, de modo a cumprir os testes Euro NCAP – alcançou a pontuação máxima de cinco estrelas.
Neste campo da segurança, e aliada à tecnologia, destacamos o IQ.Drive Travel Assist, o qual oferece diversos assistentes à condução, como: cruise control adaptativo, elementos para uma condução semiautónoma em autoestrada e assistente de manutenção de faixa de rodagem. Ao longo da nossa viagem, este último foi importante porque, devido ao volante capacitivo, conseguíamos permanecer atentos à estrada, uma vez que assim que não detetava as mãos ou nos aproximávamos dos limites da faixa de rodagem, sentia-se no volante. Também salientamos o aviso de luz nos espelhos, cada vez que um automóvel se aproximava para ultrapassar.
Além de um design interior e exterior aprazível, como a inclinação na traseira que lhe dá um toque mais desportivo, apreciámos o conforto da condução elevada, do espaço interior, de uma bagageira espaçosa e que ajudou na viagem, e do ecrã tátil central – que, ligado ao telemóvel, permite o acesso a tudo e ainda resulta melhor. Quanto ao consumo, ficámos muito satisfeitos – mesmo com motorizações apenas a gasolina – porque a relação performance-economia é positiva.
O Taigo vem, assim, segundo o diretor de Marketing, “rejuvenescer a imagem” da marca. O nosso fim de semana a conduzi-lo também nos deixou (ainda) mais jovens, e o seu conforto permitiu-nos apenas ir e desfrutar.