A chave é ter confiança

A chave é ter confiança
A confiança é apenas uma virtude social e um verdadeiro impulsionador económico, referiu Stephen M. R. Covey, orador da Happy Conference 2011, no teatro Tivoli, em Lisboa. O autor do “The Speed of Trust”, bestseller do New York Times e do Wall Street Journal, mostrou à audiência o poder que a confiança pode ter na vida de cada um.

Na conferência que decorreu ontem, 20 de Outubro, Covey começou por enunciar três ideias-chave sobre a confiança, salientando a primeira: “Confiança é tanto uma virtude social como um propulsor económico”, pois, como referiu, todos os sentimentos são afectados por ela, mesmo a própria comunicação; “a confiança é a competência número um de uma liderança de hoje em dia”, isto é, para se ser líder é necessário transmitir confiança às pessoas que se lidera; e por último, “a confiança é uma competência aprendida”. Assim, Covey realçou a diferença entre trabalhar com pessoas com grande confiança e pessoas com pouca, fazendo o paralelismo entre o dia e a noite.

O orador defendeu que “nada é tão rápido como a velocidade da confiança” e que a capacidade de criar, crescer, ampliar e restaurar a confiança a todos os stakeholders é a competência crítica para uma liderança na nova economia global.

Por isso, e analisando taxativamente a confiança, quando esta é baixa, a rapidez também o é e os custos a pagar por serão mais elevados. Para exemplificar, Covey relembrou a aviação nos Estados Unidos da América depois do atentado do 11 de Setembro: quando passou a haver menos confiança de cada vez que se viajava de avião, foi necessário reforçar a segurança – o que fez perder mais tempo aos passageiros – e, consequentemente, os custos para as empresas aumentaram. Pelo contrário, se a confiança for elevada, o nível de rapidez também o é, enquanto os custos são mais baixos, tornando-se esta analogia não numa taxa da confiança, mas antes um dividendo da mesma.

Deste modo, o orador conclui que a “grande confiança é um dividendo”, ao passo que uma “baixa confiança é destrutiva” quer seja em negócios, organizações, família ou em comunidade.

O mesmo se passa com a relação entre confiança, energia e alegria: se a primeira for baixa, a energia e alegria também o são; contudo, se a confiança for alta, as outras duas variáveis também o serão. É por isso que Stephen acredita que “a confiança torna tudo melhor”, definindo-a como “a única coisa que muda tudo”.

Mas mais importante do que sabermos em quem confiar é saber quem confia em nós. Por isso, a confiança em nós próprios é um factor primordial, não esquecendo que auto-confiança é tudo o que tem que ver com credibilidade. Esta, por sua vez, integra-se em quatro pilares principais: integridade, intenção, capacidades e resultados. Covey afirma ainda que “nunca se terá confiança sem integridade”.

Quando questionado sobre o que é que os políticos portugueses deveriam fazer para as pessoas confiarem neles, Stephen Covey foi claro e directo: “Nós devemos fazer o que dizemos que vamos fazer”.

Covey encerrou a conferência deixando bem claro à audiência que “nada é tão rápido como a velocidade da confiança”.

CCB

Fonte: Briefing

Quinta-feira, 20 Outubro 2011 16:27


PUB