Briefing | O YoungNetwork Group acaba de abrir escritório no Dubai. Que potencial oferece esta região?
João Duarte | Os Emirados Árabes Unidos são um dos países mais cosmopolitas e futuristas do mundo e, por isso, são cada vez mais um pivô do comércio e das transações mundiais. Por ser equidistante entre a Europa, África e Ásia, o Dubai é um mercado aliciante para quem procura estabelecer a sua atividade a nível global e facilitar as interações entre mercados. O país, só por si, tem potencial e pode ou não ser o ponto de partida para um mercado de 300 milhões, se considerarmos os pontos comum entre todo o mundo árabe.
Briefing | Já possui um núcleo-base de clientes ou ainda vai iniciar a prospeção do mercado?
JD| Neste momento, abrimos o escritório. A parte legal, burocrática e logística está terminada. Estamos a apostar em força no new business, sendo que temos vários possíveis clientes em pipeline. Inclusive iremos levar alguns projetos portugueses, na área do Marketing, para os EAU.
Briefing | O que pode uma multinacional de origem portuguesa como o YNG oferecer às marcas do Médio Oriente?
JD| Para já, todo o know-how e experiência em vários mercados e áreas, dado que somos uma multinacional de comunicação integrada e oferecemos no Dubai serviços nas áreas criativa, digital, relações públicas e de ativação de marca. Depois, o facto de arrancarmos com pessoas que já trabalham no grupo há algum tempo e que têm todo o seu ADN. Estamos prontos para trabalhar com todo o fulgor num mercado em expansão.
Briefing | Trabalhar nesta região do globo exige um mindset específico?
JD| Tal como todas as outras, requer alguma especificidade, mas o mindset, de fazer bem e de fazer acontecer, é sempre o mesmo em todos os mercados onde estamos.
Briefing | Qual a meta em termos geográficos e de negócio?
JD | O nosso escritório está sediado em Business Bay e, para já, pretende servir toda a região do Golfo. O nosso objetivo de faturação nos Emirados Árabes Unidos é de um milhão de euros ao terceiro ano.
Briefing | Na Europa, o grupo está em Londres e em países da ex-Jugoslávia. O que ditou estas escolhas, tendo em conta que são mercados com diferentes maturidades?
JD | Nos países da ex-Jugoslávia pelo potencial de desenvolvimento. Em Londres, como satélite de outros países, já que trabalhamos com muitas multinacionais que têm a capital inglesa como o centro das operações.
Briefing | Qual tem sido o desempenho nos países da África lusófona?
JD | Bom. Com especial expressão em Angola e Moçambique, sendo Cabo Verde um mercado muito diferente.
Briefing | O Brasil está no horizonte do grupo?
JD | Não. Não está nada pensado nesse sentido. Existem outros países igualmente interessantes na América do Sul e mais amigos do investimento.
Briefing | A internacionalização acontece como contraponto ao mercado nacional?
JD | No caso do YoungNetwork Group não. Acontece por uma questão de expansão, até porque começámos a internacionalização bastante antes da crise em Portugal. Diria que a internacionalização acontece por uma questão estratégica e de vocação.
Briefing | Qual é a previsão de crescimento?
JD| Para o ano 2013 prevemos uma faturação de 8 milhões de euros em todo o grupo, superior à de 2012, que rondou os 7 milhões.