A Fitness UP vai ser n.º1. Palavra de Hélder

Nasceu em Famalicão, em 2012, com o objetivo de ser a versão fitness do mundo Walt Disney e nove anos depois a ambição é muito maior. A Fitness UP quer ser a número um em Portugal. Mais do que um objetivo, é, para o fundador e CEO, Hélder Ferreira, uma certeza, que só não sabe quando vai conseguir concretizar. Certo é que será a menos de dez anos e essencial para a materializar é o caminho para sul, iniciado em dezembro de 2020, e que será o foco este ano, com a abertura de dez clubes.

 

Briefing | A Fitness UP abriu o primeiro clube em 2012, com o objetivo de criar uma “versão fitness do mundo Walt Disney”. Como se concretiza esse propósito?

Hélder Ferreira | A ideia foi trazer a animação da Disney aos nossos espaços, começando pela nossa equipa de colaboradores, que deve vestir a camisola a esse nível, e depois conseguir exportar a alegria e a magia deste conceito para os nossos clientes. Mais do que espaços onde se vai treinar, os nossos espaços são animados e de entretenimento e queremos apostar neste fator diferenciador.

A esse nível, como se concretiza a diferença em relação a outros ginásios?

É diferenciador desde logo no tipo de espaço que oferecemos. Não sendo um espaço de diversão, mas uma rede de ginásios, concretiza-se na decoração dos nossos clubes. Depois queremos atrair e divertir os nossos clientes através de sessões de DJ, MC ou ter aulas de grupo acompanhadas, por exemplo, por um saxofonista ou pela nossa equipa de dança.

Ao mesmo tempo, temos uma boa proposta de valor ao nível do preço e da localização. Queremos ter as melhores localizações do País – porque neste mercado a localização é fulcral – ao preço mais competitivo. Consideramos que ao preço que cobramos, com as condições e localizações que oferecemos, temos a melhor proposta de fitness no País.

A marca posiciona-se como “Prestige Low-Cost”. Como se conjugam estes dois conceitos aparentemente opostos?

Conjugam-se com disciplina financeira. Por detrás disto está uma visão arrojada que define a nossa linha orientadora. Para o futuro, vemo-nos como aquela que será a maior, mais cool e mais eficiente marca do setor. É esta eficiência que permite continuarmos a posicionar-nos no mercado low cost – em termos de preço – oferecendo todos os serviços com condições prestige: instalações prestige, uma equipa sempre presente, desde a receção ao acompanhamento em sala ou através de aulas de grupo, num modelo assente no low cost, em que o nosso cliente paga mais se utilizar mais serviços secundários e mais personalizados.

São serviços sempre adjacentes ao fitness?

Sim, como banho, personal trainer, nutrição, massagens desportivas, fisioterapia ou águas vitaminadas.

Com as sessões de DJ, MC e a decoração vocacionada para uma camada jovem, a marca consegue apelar a um público mais maduro? Ou esse não é um foco?

Temos clientes de todas as idades, mas o nosso público-alvo tem entre os 20 e os 40 anos, correspondendo a cerca de 70% dos clientes. A nossa filosofia e postura são mais voltadas para os millenialls. Tem sido um sucesso e continuamos a manter esta direção, sendo que ter postura jovem não tem tanto a ver com a idade, mas com a forma como encaramos a vida e o mundo, e, portanto, temos muito público com idades superiores aos 40 anos.

A UP TV, o ginásio online que lançaram no início da pandemia, visa aumentar a notoriedade da marca a sul?

Sim. Esse foi o grande ponto estratégico para o lançamento da UP TV: estarmos presentes a nível nacional, colocarmos a marca em localizações onde ainda não está, nomeadamente na Grande Lisboa, que é um dos nossos grandes interesses para 2021. O aporte que traz à marca é podermos ter mais pessoas ligadas ao Fitness UP para quando abrirmos uma localização física podermos fazer o transporte para as nossas instalações.

 

Para 2020 estava prevista a expansão para sul com a abertura de vários clubes. De que modo é que a Covid-19 mudou os planos?

Todas as aberturas previstas para depois de fevereiro foram adiadas, com exceção da unidade de Setúbal, a abrir em dezembro. Ou seja, atrasámos a expansão cerca de cinco meses. Mesmo estando fechados três meses, abrimos seis unidades em 2020, duas pós-pandemia: Setúbal e Póvoa de Varzim.

Começamos a entrada a sul com a unidade de Setúbal e este ano ano vamos focar-nos no sul. Já temos mais de dez unidades contratualizadas para a Grande Lisboa para 2021 e o facto de colocarmos a UP TV a promover na Grande Lisboa dá-nos logo algum adiantamento no que diz respeito ao posicionamento e à notoriedade da marca.

Estamos confiantes de que vamos fazer um bom trabalho e que vamos ser bem recebidos em Lisboa, tal como fomos no norte, porque aquilo que estamos a sentir em Setúbal e a aceitação da UP TV tem sido excelente.

Onde serão as dez localizações a sul?

Vamos ter unidades no centro de Lisboa, em Miraflores, Carcavelos, e outras que não posso já revelar.

Ponderam expandir também em termos de serviços?

Não. Mantemo-nos muito fiéis em termos de modelo de negócio. Tem sido vencedor e preferimos não criar demasiadas gorduras, para poder dar aos sócios a qualidade que garantimos habitualmente. Acrescentar novos serviços pode pôr em causa a estrutura por falta de capacidade de resposta. Conseguir expandir por via de novas unidades e expandir com novos serviços parece-me um desafio demasiado grande para a nossa capacidade.

O crescimento por franchising é algo que ponderam?

Não. Está fora de questão. Acho que para o setor do fitness a estratégia do franchising não é uma boa solução.

sd@briefing.pt

Quarta-feira, 24 Março 2021 12:27


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