A Inês veste a camisola Randstad mais que nunca

“São as pessoas que fazem a diferença”. É nisto que acredita a Marketing and Communications Director da Randstad, Inês Veloso, entendendo que a pandemia permitiu reconhecer a importância das pessoas para a continuidade do negócio, quer pela criatividade, quer pela capacidade de adaptação e agilização.

 

 A Randstad é especialista em soluções de recursos humanos, nomeadamente soluções de trabalho flexível, recrutamento e seleção, gestão de experiência de cliente (customer support), consultoria, outplacement e outsourcing. A nossa especialização está na humanização das empresas através do talento, da gestão de clientes e da tecnologia suportada pelas melhores pessoas, garantindo a experiência do cliente, candidato e colaborador, afirma Inês Veloso.

“O propósito da Randstad para os clientes e candidatos é suportar pessoas e organizações na realização do seu verdadeiro potencial. Este desígnio é vivido pelos colaboradores na expressão, difícil de traduzir para português, ´making work meaningful´”, diz, identificando como propósito maior “moldar o mundo do trabalho”, com base nos valores da empresa. A marca, prossegue, incorpora esta identidade, através de um visual muito humano e próximo das pessoas, e do tom de voz caloroso e próximo. “O tagline ´human forward´, apresentado em 2017, é também um reflexo do nosso propósito, o que nos move, o que justifica a nossa existência e carateriza, quem somos e o que fazemos”, refere. Para a Randstad, são as pessoas que a diferenciam, acrescentando valor em tudo o que fazem. Inês Veloso recorda, a propósito, que, em 2015, apresentaram a nível mundial a estratégia tech&touch, que reflete esta humanização, reconhecendo a importância da tecnologia em todas as tarefas de suporte e repetitivas e o papel das pessoas na criação de valor. Esta estratégia concretizou-se no boost de investimento tecnológico da empresa, quer interno, quer em soluções externas, mas sempre com a componente humana a acrescentar valor. A título de exemplo referiu a solução de video interview completamente online, que tem em conta a proteção de dados pessoais e garante uma boa experiência do candidato, e a solução YouPlan, utilizada para gestão de espaços e desfasamento de horários, permitindo a gestão de escalas e definição de turnos.

“O perfil do nosso colaborador é o de alguém que se identifica com o propósito da nossa organização e se revê nos nossos valores e missão. Este perfil permite-nos abraçar a diversidade e a inclusão, fundamentais para o sucesso da empresa, para a criatividade e até para a felicidade das pessoas”, destaca.

Sobre os requisitos associados ao sucesso de uma empresa de recrutamento, Inês Veloso sublinha que o fator de diferenciação reside nas pessoas, porque não são replicáveis. “Temos um portefólio inovador e um profundo conhecimento do mercado, mas o que realmente marca a diferença é a forma como as nossas pessoas entregam os serviços e gerem a relação com os candidatos e trabalhadores que estão nos clientes e como acompanham os nossos clientes”, referiu. Além de seguir uma estratégia de conteúdos na primeira pessoa, em que os colaboradores são a voz da experiência, a Randstad possui um programa “muito forte” de treino de competências, especialmente na área da liderança, comunicação e criatividade, que permite aos colaboradores crescer com a empresa.

“A nossa estratégia passa, também, por suportar os candidatos garantindo a aproximação com as empresas, quer através de artigos e newsletters, quer adotando novos formatos para chegar junto dos mais jovens, de que é exemplo o podcast #EverydayHero, animado por dois consultores Randstad”, explica. Na opinião de Inês Veloso, as empresas passaram a valorizar mais o capital humano e o modo como olham os colaboradores. Recorda que, em 2016, quando apresentaram o estudo Randstad Employer Brand Research em Portugal, tiveram de explicar a que se referia e esclarecer que não se tratava de um estudo sobre a satisfação dos colaboradores, mas sobre a importância da marca para atração e retenção de talento, algo que não estava dependente da estratégia de consumo, mas da empresa enquanto entidade empregadora. “Na altura, o tema era novo e havia poucas empresas a trabalhar a área. Hoje esta realidade é completamente diferente, são muitas as pessoas que apenas trabalham employer branding, e a maioria das empresas reconhece a importância desta dimensão, ligada ao valor das pessoas nas organizações”, declara, salientando que a crise pandémica que se vive demonstrou, também, a importância das pessoas na experiência dos clientes. Reconhece, ainda, que as gerações millennial e Z são mais exigentes nos porquês e na valorização, têm menos medo de arriscar, exigem mais e procuram o propósito e a identificação. “Toda esta combinação alterou o mundo do trabalho que continua em profunda transformação, que acreditamos ser no sentido da humanização das empresas e reforço da relação entre empresas e candidatos/colaboradores”, frisa. Quanto ao “peso” do capital humano na criação de marcas superiores e reconhecíveis, Inês Veloso diz que  a superioridade e o reconhecimento configuram um caminho apenas possível de trilhar quando há um propósito, reconhecido pela sociedade, quando se resolve um problema, quando se acrescenta valor. “Depois são as pessoas que fazem a diferença na forma como se trabalha a marca, como a vivem e transpiram para a sociedade. A velha expressão ´vestir a camisola´ nunca foi tão verdade, em especial se percebermos que hoje o influenciador pode não ser o presidente da empresa ou um diretor. Há vozes mais ouvidas, que chegam a muito mais gente, o que aumenta o desafio da marca de existir a uma só voz, que não é feita apenas com o brandbook, mas com a experiência de todos os colaboradores para que haja esta coerência (…) só assim nos transformamos em ´love brands”, adianta.

Ainda sobre esta questão, Inês Veloso sublinha, no entanto, que a pandemia permitiu reconhecer a importância das pessoas para a continuidade do negócio, quer pela criatividade, capacidade de adaptação e agilização. “As pessoas foram extraordinárias e as lições de humanidade repetiram-se um pouco por toda a parte. Pessoas que garantiram a experiência dos clientes, que permitiram que alguns ficassem em casa e que o país reagisse e se reinventasse”, declara. Esta capacidade, prossegue, foi também implementada internamente, ao mesmo tempo que foram adotadas soluções para as novas necessidades do mercado, que ajudassem as empresas a responder à pandemia. Nesse sentido foi lançada uma campanha de comunicação para reforçar a proximidade – #EstamosAqui –, acompanhada por uma estratégia de produto, o kit digital. Em suma, “a nossa estratégia não mudou, o que mudou foi o contexto, e, por isso, adaptámos soluções e criámos outras para responder ao mercado”, conclui.

briefing@briefing.pt

Terça-feira, 15 Dezembro 2020 12:57


PUB