International Business Machines, the big blue ou, simplesmente, IBM. Paul Rand foi o designer responsável pelo “8 BAR Logo” mais famoso do mundo, e também pela citação da qual me apropriei para dar o título a este artigo: “The synthesis of form is content, without form there is no content. The work of art is realized, when form and content are indistinguishable.”
Na realidade, quando a solução é realmente “indistinguishable” e se dá a obra de arte, os dois princípios confluem. Identifico três momentos históricos para ser mais prática e pragmática, e para legitimar o meu argumento de que tecnologia e criatividade são indissociáveis. Gutenberg e a sua tecnologia de publicação. À criatividade de um humanista e multidisciplinar profissional juntou-se a tecnologia de impressão que mudou a comunicação do mundo. A década de 70 foi também um marco, onde se testemunhou, via Arthur C. Clarke, a importância e funcionalidade que a internet e os dispositivos, tecnologia, iriam ter nos dias de hoje. Foi da criatividade deste cientista, inventor, criativo e visionário que partiram as ideias dos mais “tecnológos criadores” dos nossos dias. De Bill Gates a Steve Jobs, de Richard Branson a Jeff Bezos, de Larry Paige & Sergey Brin a Mark Zuckerberg, a obra de arte dá-se quando ambas, criatividade & tecnologia, confluem e são indistinguíveis. Mas se quisermos, ainda não satisfeitos, mergulhar mais a fundo, na verdadeira fórmula da perfeita combinação, basta olharmos para o atual estado da nação criativa da comunicação. Existe uma tecnologia por trás de um bom briefing? Estrategas dirão que a arte está nas questões que colocamos, enquanto designers, independentemente da sua origem, formação e evolução, dirão que a arte está na tecnologia da interpretação, ou, se pensarmos na arte da mensagem, copywriters dirão ainda que a tecnologia vive na capacidade de “desenhar” a semântica, significação e simplicidade na forma e no conteúdo. Virando o prisma da tecnologia para a criatividade. Haverá uma “revolução tecnológica” por trás desta nova vaga de aquisição de criatividade por parte de consultoras consolidadas? A resposta é simples e darwinista. Criatividade está para a tecnologia tal como a tecnologia está para a criatividade. No fundo, ambas partem da mente e da capacidade humana de evoluir, progredir, adaptar e contruir o “novo”. Deixo-vos o repto e a felicitação. Vamos ser os tecnólogos criadores de amanhã? Parabéns Briefing, venham mais longos anos de criatividade…. e tecnologia.
Filipa Montalvão, partner da White
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