Segundo anunciou ontem o vice-presidente da
associação, até final de março será entregue uma candidatura ao QREN
para “operacionalizar, a partir de abril, uma nova campanha que amplie
os efeitos daquela que a AEP levou a cabo, entre maio e dezembro de
2009, com a assinatura ‘Portugal. A Minha Primeira Escolha'”.

O
objetivo, destacou Paulo Nunes de Almeida durante a sessão de
apresentação dos resultados da campanha, é “ampliar os efeitos” da
iniciativa e “disseminar pelo país um verdadeiro movimento de
valorização da oferta nacional”.

Atualmente, o programa ‘Compro o
que é Nosso’ – criado em 2006 e no âmbito do qual decorreu a campanha
‘Portugal. A Minha Primeira Escolha’ – conta com 440 empresas
aderentes, responsáveis por 1500 marcas, 55 mil postos de trabalho e
uma faturação agregada superior a nove mil milhões de euros.

Fazendo
um “balanço positivo” da campanha desenvolvida em 2009, a AEP
comprometeu-se a “não deixar que este movimento esmoreça, em prol dos
produtos, marcas e empresas nacionais”.

Neste sentido, apontou
como “objetivo central” para os próximos dois anos aumentar para 600 o
número de empresas aderentes, “para ampliar o efeito de ‘mainstream’ e
a visibilidade da iconografia associada à campanha no espaço público
nacional”.

Para o efeito, diz já ter firmado acordos com o
Clube de Produtores Sonae e com as associações dos Industriais de
Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN), Empresarial de
Paços de Ferreira (AEPF) e dos Artesãos da Serra da estrela (AASE),
entre outras.

Ao longo da campanha de 2009, em que foram
investidos 1,5 milhões de euros, a AEP conseguiu aumentar em 35 por
cento as adesões de empresas ao programa, face a 2008, sendo a maioria
das associadas “de pequena e média dimensão e cerca de metade sedeadas
na região norte.

De acordo com a associação, “a esmagadora
maioria delas são industriais (76 por cento)”, ficando “a grande
distância” as empresas comerciais (16 por cento) e as de serviços (oito
por cento).

Por ramo de actividade, a maior parte das empresas
aderentes (32 por cento) são do sector alimentar, seguindo-se as dos
ramos têxtil, calçado e acessórios (15 por cento), da metalomecânica
(11 por cento) e da construção (10 por cento).

“A campanha
‘Portugal. A Minha Primeira Escolha’ veio dar mais visibilidade aos
produtos e às empresas portuguesas nos meios de comunicação de massa e
nas grandes superfícies comerciais. Permitiu ainda universalizar a
comunicação da marca, que o grande público identifica por um ‘P’
maiúsculo inscrito nas embalagens de dezenas de milhar de produtos
alimentares, para casa e de vestuário, assim como nos suportes de
comunicação e viaturas de centenas de empresas industriais e de
serviços nacionais”, refere a AEP.

Fonte: Lusa