Briefing | O que levou a Siva a lançar, agora, aplicações para as marcas que representa no mercado nacional?
Ricardo Tomaz | A estratégia da SIVA em relação ao digital passa por maximizar as oportunidades de contacto e de interação com os clientes das nossas marcas.
Sabemos que os dispositivos móveis estarão cada vez mais no centro dos processos de decisão de compra. Por isso, as aplicações “mobile” são um meio de comunicação e promoção das marcas em grande crescimento.
Não podíamos deixar de desenvolver uma plataforma deste tipo. E de ser pioneiros no setor automóvel, mais uma vez.
Briefing | Que mais-valias identifica para as marcas e para os respetivos clientes?
RT | Ao lançarmos as apps da Volkswagen, da Audi e da Skoda criámos novos canais de comunicação com os nossos clientes, facilitando-lhes a relação com as nossas marcas: é agora mais simples, à distância de um toque no ecrã, marcar uma revisão ou um “test-drive”, entrar em contacto com o gestor de clientes de um concessionário e receber mensagens deste, saber as últimas novidades da marca, obter dicas de condução ou pedir ajuda quando aquela “luzinha” se acende no painel de bordo. E se perdermos o carro no parque de estacionamento, há uma função que nos permite encontrá-lo!
Para além de ser possível comprar acessórios online ou dispor de promoções exclusivas para os utilizadores da aplicação.
É um mundo novo de facilidade e tranquilidade que se abre aos nossos clientes. Para as marcas é também uma afirmação de inovação, de imagem.
Briefing | Qual a estratégia do grupo para o digital?
RT | Acreditamos que, no futuro, a nossa vantagem competitiva passará pela relação que soubermos estabelecer com os nossos clientes. Nesse sentido o digital é uma atividade “core” no dispositivo de marketing das nossas marcas. Temos a sorte (que deu muito trabalho…) de ter à nossa disposição uma plataforma digital chamada Sivaonline, uma verdadeira fábrica de “leads” para a nossa organização comercial que nos permite explorar com grande eficiência a nossa presença no digital: sites das marcas, redes sociais, campanhas online, e agora as aplicações “mobile”, geram contactos com os nossos clientes que são imediatamente canalizados para os nossos concessionários através dessa plataforma. Nestas coisas do digital, o tempo de resposta é determinante.
Para além disso, estamos a lançar as bases de um portal de e-commerce, do qual a nossa loja de acessórios online é o primeiro passo: é possível escolher, encomendar, pagar online e receber em casa. Não falta muito para que se vendam automóveis desta forma. E temos experimentado formas alternativas de venda online como os leilões da Volkswagen.
A inovação é um verdadeiro motor para nós: já estamos a olhar para o vídeo como um meio para chegar aos nossos clientes de forma segmentada.
Briefing | É uma estratégia integrada ou diferenciada para cada marca?
RT | Os grandes projetos são transversais e os grandes eixos estratégicos são definidos para todas as marcas e adaptados por cada uma em função do “estado da marca”.
Há marcas que põem mais ênfase nas redes sociais por terem um potencial de atração maior, outras decidem maximizar a geração de leads no online, mas o comboio do digital anda à mesma velocidade para todas.
Briefing | Como se relacionam as marcas do grupo com os consumidores nas redes sociais?
RT | As redes sociais, e estamos sobretudo a falar do Facebook, por enquanto, são utilizadas como um meio de interação informal com os fãs. Há muita emoção, muita informação e alguma promoção. Começamos a utilizar estes canais para veicular algumas ofertas comerciais exclusivas, mas para nós é, antes de mais, um canal de projeção emocional das marcas.
Quer a Volkswagen, quer a Audi estão muito bem posicionadas no ranking do Facebook das marcas automóveis em Portugal, em número de “likes” e no envolvimento com os fãs.
Briefing | Como anunciantes, como é que as marcas incorporam o digital na estratégia de marketing?
RT | A fatia do digital nos orçamentos de marketing é crescente, e isso não tem que ver apenas com o período de grande contenção orçamental que atravessamos. É uma vontade estratégica de há longa data.
Briefing | Em que plataformas anunciam? Há campanhas específicas para o digital?
RT | Exploramos praticamente todas as plataformas e formatos nos nossos planos de meios. O que interessa é que procuramos integrar as campanhas em todas as plataformas de forma a criar um dispositivo de comunicação que faça sentido e que maximize a visibilidade junto do cliente. Cada vez mais fazemos campanhas só no digital, sem recorrer aos meios tradicionais, dependendo claro dos produtos que estamos a anunciar e do grupo-alvo que queremos atingir.
Briefing | Que retorno tem obtido desse posicionamento em termos de resultados no negócio?
RT | A estratégia tem dado os seus frutos e confortado as nossas decisões: a presença das nossas marcas no digital criou um canal de relação muito fluido com os clientes, contribuindo para a sua fidelização, e isso é gerador de negócio para os nossos concessionários que já interiorizaram muito bem estes novos mecanismos. Isso é essencial para que possamos continuar a subir patamares na inovação digital.
Fonte: Briefing