“Os CEO são dispensáveis, mas os CMO, não, porque estão ligados ao consumidor”. A afirmação é de Luís Mergulhão, da OMG, que caracteriza como fulcral a função de CMO.
No entanto, para João Duarte, esta é ainda uma função com poucos representantes em Portugal. “Não há assim tantos CMO. As empresas estão ainda muito numa lógica financeira, onde há pouca criatividade e inovação, e onde se está mais virado para cumprir as regras do jogo e não para as desafiar”, concretiza o CEO do YoungNetwork Group.
Uma afirmação confirmada pela intervenção de Pedro Janela que considera que, em Portugal, o marketing ainda tem pouca importância. “Como é possível o CMO não conhecer os canais digitais existentes?”, questiona o CEO do WyGroup.
É que, segundo aponta Pedro Bidarra, “o maior gap nas empresas é não conhecerem o consumidor”. “Há um desprezo intelectual muito grande pelas pessoas, o que faz com que não haja cultura popular. E o marketing vive disso”, afirma o senior consultant.
E que competências deve ter um CMO? Luís Mergulhão diz que é preciso ter capacidades ligadas ao consumidor e à concorrência, mas é preciso também saber lidar com a explosão de informação”. O CEO da OMG explica que um CMO tem competências mais alargadas, e é mais exigente nas novas campanhas para a empresa, tendo em conta o que as plataformas digitais hoje proporcionam. “O protagonismo de um produto tem de se converter em vendas e, para isso, precisa do trabalho de todos os stakeholders”, diz Luís Mergulhão.
O CEO da OMG afirma ainda que há um grande trabalho a fazer, mas que hoje é possível criar insights mais ricos e as marcas podem ativar-se em mais canais”.
Além disso, aponta Pedro Janela “as marcas têm que apostar em estratégias de diferenciação”. É isto que os CMO querem: “que se pense em estratégias diferentes”.