A brand manager, Rita Maçana, dá a conhecer a estratégia da marca que quer liderar o segmento no espaço de três anos e que faz da ligação à street art um trunfo de marketing.

Briefing | Que potencial de negócio viu a Milagro em Portugal?

Rita Maçana | Portugal não tem uma cultura de consumo de tequila enraizada, no entanto, nos últimos três anos assistimos a um interessante crescimento de 25% nos volumes vendidos no nosso país. Além disto, temos acompanhado o recente aparecimento de restaurantes mexicanos com sucesso em Lisboa e a crescente procura de espirituosas exclusivas por parte da comunidade de bartenders. Tudo isto levou a que rapidamente percebêssemos o potencial de uma tequila como Milagro: produzida com 100% de Agave azul, premium, com potencial para ser utilizada em cocktails e um posicionamento diferenciador no mercado.

Briefing | Como se vai posicionar no mercado?

RM | Milagro surgiu em 1997 quando dois amigos Danny Schneeweiss e Moy Guindi quiseram criar uma tequila que não só respeitasse e aperfeiçoasse os métodos tradicionais de produção desta bebida tão icónica, mas que também refletisse o que estava a acontecer na Cidade do México: melhor design e arquitetura e melhores produtos, incorporados num clima artístico fértil. Por estas razões, Milagro situa-se e destaca-se no território da street art, tendo, inclusivamente, como parceiros artistas plásticos mexicanos reconhecidos na atualidade e que criaram a sua própria interpretação expressionista do agave.

Briefing | A que público se dirige?

RM | Mais do que se dirigir aos habituais apreciadores, e dada a forte ligação à street art, Milagro é uma bebida para todos aqueles que na sua forma de viver são espíritos livres para criarem e se exprimirem. Para os autênticos, sejam artistas plásticos, designers, ilustradores, bartenders.

Briefing | Qual a estratégia para atrair esse público?

RM | Milagro é uma tequila autêntica. Foi criada com o propósito de reconhecer a importância dos métodos tradicionais e das melhores matérias-primas na produção da tequila e refletir, ao mesmo tempo, o carácter do México moderno através da autoexpressão. Acreditamos que estes dois fatores aliados despertem naturalmente a vontade de experimentar a nossa tequila, visto terem tantos pontos em comum com o nosso público.

Briefing | Do ponto de vista do marketing, qual a abordagem e quais as ferramentas?

RM | A nossa estratégia passa por captar a atenção e estar próximo de todos aqueles que têm pontos de contacto com a nossa forma de estar. Isto é, dar a experimentar a qualidade do nosso produto através de eventos da marca, de clientes e de artistas, contando a nossa história e origens e a relação estreita que temos com a arte e com a criação.

Briefing | E do ponto de vista dos canais de venda, quais serão privilegiados e porquê?

RM | O foco será, nesta fase de lançamento, o canal Horeca, em que ambicionamos crescer a distribuição e construir a nossa marca através da degustação e da ativação.

Briefing | Porquê a escolha de apenas uma tequila quando a marca possui sete?

RM | A tequila está, de facto, a dar os primeiros sinais de crescimento em Portugal, mas é ainda um segmento relativamente pequeno em que as tequilas brancas (ou silver) representam cerca de 75% de segmento. Milagro Silver é, por isso, a escolha mais adequada ao nosso mercado e traz consigo uma riqueza de história, uma cultura e um líquido diferenciadores do que a oferta que já existe no mercado.

Briefing | Com que marcas/bebidas vão disputar o mercado?

RM | Os nossos principais concorrentes são as tequilas brancas do segmento premium.

Briefing | Qual a ambição para o final do ano em termos de vendas?

RM | Com cerca de quatro meses de vendas já superámos as expectativas para 2016 e é nosso objetivo liderar o segmento de tequilas brancas premium no espaço de três anos.

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