Como se porta Portugal na comunicação online

Como se porta Portugal na comunicação online
Num estudo realizado pela consultora sueca KWD a 950 websites de empresas de 40 países relativamente à comunicação online, Portugal caiu uma posição, para 13º lugar, quando comparado com o ano anterior. Em média, as cotadas nacionais obtiveram uma quebra de 4,64 pontos, passando para os 37,58 pontos num máximo de 100.

Das dez empresas portuguesas inseridas no estudo, apenas a Portugal Telecom (PT) não viu a sua classificação diminuir em relação ao ano passado, obtendo, pelo quarto ano consecutivo, a melhor classificação portuguesa do ranking, com 52,50 pontos. Staffan Lindgren, managing director international na KWD, comentou: “A Portugal Telecom foi, uma vez mais, o vencedor, mas ainda é quase meio caminho para o top e muito distante dos pares europeus, como a Telecom Itália ou a TeliaSonera”.

Já a Galp Energia perdeu 0,25 pontos passando para os 50,50, depois de em 2010 ter subido 20 pontos. Ainda assim, ocupa a segunda posição, tirando lugar à EDP que desceu para terceira posição do ranking. Por sua vez, a Jerónimo Martins foi a empresa que registou uma maior queda comparativamente a 2010, passando para quinta posição, com 38,50 pontos; um lugar à sua frente está o Banco Espírito Santo (BES), que subiu para quarta posição. Seguem-se-lhes a Brisa, a EDP Renováveis, Portucel (a única empresa que entrou pela primeira vez no estudo), BCP e Cimpor que ocupam o sexto, sétimo, oitavo, novo e décimo lugares, respectivamente.

O Webranking 2011, realizado pelo 15º ano consecutivo, concluiu ainda que, ao contrário de 71 por cento das empresas analisadas, nenhuma companhia portuguesa classificada forneceu um relatório anual em HTML para consulta dos seus grupos-alvo.

Todavia, a EDP Renováveis, a Jerónimo Martins e a Portucel apresentaram, antes, relatórios anuais baseados em Flash, onde se preocupavam mais com o design do que com a navegação ou funcionalidade dos mesmos.

Contudo, em responsabilidade corporativa, Portugal melhorou a sua posição, subindo onze posições, ocupando agora o quinto lugar; mas Staffan revelou: “Dada a incerteza económica actual, as audiências de investimento privilegiam as informações financeiras em vez das informações sobre sustentabilidade”.

O relatório revela ainda que as empresas portuguesas devem ter uma maior preocupação relativamente à apresentação de cenários de stress e à descrição clara de estratégia, modelo de negócio ou gestão de risco.

Quando questionado sobre o que podem as empresas portuguesas fazer para melhorar o uso nos social media, Staffan Lindgren explicou ao Briefing que as mesmas “devem analisar activamente em quais áreas vão começar a usar os social media para melhorar a comunicação com os seus grupos-alvo. Todas as partes interessadas, incluindo investidores e analistas, são activos nos social media e isso pode e deve ser usado pelas empresas”.

Fonte: KWD e Briefing

Terça-feira, 08 Novembro 2011 11:58


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