Em consequência, a sobrevivência de uma instituição enquanto fonte pró-ativa de informação depende de ideias mais simples, curtas, diretas e “visuais”. Aqueles a quem nos dirigimos exigirão de nós transparência e rigor cada vez maiores – como um desiderato utópico. Mas, mesmo assim, com a maior transparência e rigor da história da humanidade, teremos públicos crescentemente céticos. Por isso, precisamos de colocar mais marketing na criação das ideias e de colocar menos marketing no transporte (na mediatização) das ideias. E, sobretudo, precisamos de mais gente do nosso lado envolvida no processo de comunicação (não significa “mais técnicos de comunicação”), mais gente habilitada (que não apenas técnicos de comunicação), com preocupações e competências de comunicação. Assim como o “criativo” deu lugar ao “influente”, este irá ser substituído pelo “treinador”. Caminhamos para uma espécie de one-to-one universal.

Mundos e não tempos

O registo certo é o de “mundo”. Não é o de “tempo”. Porque a ideia de “mundo” pressupõe uma sobreposição. Podemos viver, ao mesmo tempo, no mundo da Comunicação Publicitária, no mundo da Comunicação Institucional e no mundo da Comunicação de Relações Públicas. É isso que de facto ocorre. Os mundos não se excluem – ao contrário do que sucede com os “tempos”. Pelo contrário, complementam-se. Por vezes, os habitantes de um dos mundos, em particular se for o mais recente, têm tendência para achar que, no próximo tempo, todos os mundos serão como o seu. Mas tal nunca ocorre. Os vários mundos vão transformando-se, adaptando-se e convivendo entre si.

Quem se destaca…

Quem se destaca na Comunicação Publicitária é o “criativo”. Quem se destaca na Comunicação Institucional é o “influente”. Quem se destaca na Comunicação de Relações Públicas é o “treinador”.