“À primeira vista, pode parecer um problema pequeno, mas que reflete questões mais profundas da desigualdade de género no trabalho e na sociedade. O aplicativo é uma forma de mostrarmos que, na verdade, a interrupção é real e alarmante”, comenta Gal Barradas, sócia fundadora da agência.
Para identificar as interrupções, a app – disponível para iOS e Android – pede à utilizadora que registe a voz e depois, graças ao microfone do telemóvel, consegue detetar o número de interrupções durante o período em que a funcionalidade estiver ativa. Identifica se a interrupção é feminina ou masculina e, neste caso, assinala os momentos da interrupção. Além disso, transforma as interrupções em dados, em tempo real. As conversas não ficam gravadas, apenas o número de interrupções, a duração e a data.
Esta aplicação foi pensada para ser usada sobretudo em momentos profissionais, como reuniões ou apresentações. “Queremos que os homens se perguntem: será que estou fazendo isso sem perceber? Afinal, do que adianta ter mais mulheres em uma sala de reunião se ninguém escuta o que elas têm a dizer?”, afirma Gal Barradas.
A agência prevê apresentar em breve uma análise dos dados recolhidos em todo o mundo, com números sobre as interrupções por país e ao minuto, comparando, por exemplo, regiões e faixa etária.

