É o fim do LinkedIn

Agora que consegui a sua atenção, posso acabar a frase: É o fim do Linkedin… como a rede social mais séria (e chata?) que só serve para recrutamento.

Antes de continuar, peço desculpa pela estratégia menos ortodoxa para conseguir que me acompanhasse até este segundo parágrafo. Não sendo fã do clickbait gratuito, como alguém que passa 80% do dia mergulhada no universo digital sou tentada a usar alguns truques. E se ainda está aqui é porque alguns deles funcionam. Bom, vamos ao que me trouxe:

Dizia eu, é o fim do LinkedIn como o conhecemos. E não posso ter sido eu a única a reparar nisso.

De repositório de currículos a montra de competências (mais ou menos reais), o LinkedIn chega a 2020 com 18 anos e um novo propósito: responder às necessidades dos utilizadores e das empresas e (finalmente) contribuir para uma verdadeira relação entre as organizações e o seu público.

Com mais de 600 milhões de utilizadores, é hoje uma plataforma onde as pessoas se “encontram” de forma regular para procurar e partilhar conhecimento – para aprender, para estar em contacto com colegas, com parceiros, com diferentes stakeholders, mas também com líderes nacionais e internacionais (CEO, empreendedores e KOL de todos os setores).

Num mundo comunicacional global, o LinkedIn posicionou-se como uma plataforma de partilha de informação credível (palavra-chave), e ao mesmo tempo numa fonte de inspiração e de criatividade. Tornou-se uma rede social dinâmica onde, mais do que querermos estar, temos de estar.

Para profissionais na área dos RH, Marketing ou Vendas não é novidade que o LinkedIn é hoje uma plataforma de comunicação fundamental. Não é demais recordar, porém, que, além de ser a rede profissional por excelência e fonte de pesquisa para mais de 95% dos departamentos de RH, o LinkedIn é também a ferramenta por de eleição para a comunicação B2B, representando 50% do tráfego dirigido a blogs e websites de organizações.

Estar no LinkedIn é assumir que somos e queremos ser relevantes, seja a nível pessoal, seja a nível organizacional. Estar offline é um luxo. Mas, quando falamos da nossa empresa, da nossa marca, da nossa vida profissional, não é só um luxo, é um risco que não podemos correr. Não estar não é opção, goste-se ou não. E, se é para estar, que seja de forma cuidada e profissional.

O contexto de 2020 veio reforçar a necessidade de estarmos ligados. Todos os dias, em todos os cantos do mundo, as pessoas procuram novas formas de estar presentes e comunicar de forma relevante. No final do ano passado, o LinkedIn assumiu como prioridade o desenvolvimento de soluções que potenciem maior alcance e engagement dos conteúdos, e tem cumprido esse compromisso ao lançar novidades a cada trimestre.

Precisa de mais? Se, de uma perspetiva de RH a presença no LinkedIn é mandatória, da perspetiva da Comunicação a ausência é um tiro no pé. Controlar a perceção que o público e os parceiros têm de nós é uma missão complexa, mas sem canais próprios torna-se impossível – e quando falamos de canais próprios, se não somos uma love brand este é o canal que conta. Não precisamos de comparar o LinkedIn ao Facebook e ao Instagram, e o nível de exposição mais delicado a que estamos sujeitos em cada uma.

É curioso para mim o espaço que ainda encontro no LinkedIn, e o amadorismo com que tantos o encaram. Como e porque é que não estão lá todas as empresas, todas as marcas, e todos os CEO e porta-vozes relevantes no mercado? Parafraseando uma popular personagem da cultura pop, “I couldn’t help but wonder…” se será por medo, por preguiça, por desconhecimento ou por falta de tempo.

Seja qual for a razão, não é tarde. No LinkedIn as mensagens diretas têm uma taxa de abertura superior a 50%. Conversamos por lá?

Patrícia Miranda Corrêa, Head of Digital da LPM

briefing@briefing.pt

 

Quarta-feira, 02 Dezembro 2020 09:56


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