O Prosumer Report da Havas, “I Body: The New Frontier”, indica que a nível global, as pessoas têm uma relação positiva com o seu corpo, considerando-o uma fonte de felicidade, prazer, orgulho e poder. O documento aponta, porém, divergências no que toca a padrões de beleza, comportamentos saudáveis e novas tecnologias de monitorização e controlo de saúde, com grandes divisões a nível de países e de regiões.
Os hedonistas, tipificados pelos consumidores do Brasil, França, Espanha e Portugal, valorizam muito a atratividade física e veem o corpo com uma fonte de prazer, por via da comida, sexo ou simplesmente da autocelebração. Por outro lado, os holísticos – que vivem na China, Alemanha ou Índia – acreditam que o essencial é dormir bem, alimentar-se de forma saudável e apanhar sol e ar puro. Por último, os funcionalistas, que residem nos EUA, Reino Unido e Austrália, veem os seus corpos como máquinas e esforçam-se por atingir o pico da forma física.
Segundo o estudo, cerca de 80% dos consumidores em Portugal afirmam que o mundo seria mais feliz se as pessoas não fossem tão obcecadas com a beleza física, e revelam um antagonismo significativo no que toca ao “fotoshopping” de celebridades – 80% afirmam que prejudica a sociedade – e à obsessão com a eterna juventude.
Cerca de dois terços dos consumidores em Portugal são favoráveis aos dispositivos digitais que monitorizam “cada aspeto” da nossa saúde. A nível global este número aumenta para 70% – com cerca de metade a usarem já pelo menos um dispositivo. A privacidade mantém-se, no entanto, uma preocupação séria: mais de quatro em 10 inquiridos a nível global afirmam estar preocupados com a perda de privacidade que as novas tecnologias de monitorização de saúde podem trazer.
“A tecnologia trouxe uma grande oportunidade para as marcas nas áreas da saúde, beleza e fitness – a de se tornarem verdadeiros parceiros dos consumidores no seu caminho do bem-estar”, diz o Global CEO da Havas Worldwide e do Havas Creative Group, Andrew Benett. “Há um enorme potencial para as marcas capazes de ajudar os consumidores a tomarem boas decisões sobre os cuidados e a maximização do seu bem mais importante: eles próprios”.
