É preciso compreender a tecnologia, diz o João

Urgente é compreender e integrar a tecnologia na vida, especialmente pelas gerações que não cresceram no atual contexto. Quem o diz é João Fernandes, chief creative officer da Isobar Portugal, que na curadoria de tecnologia vai desenvolver o tema – “Urgente é a Poesia”. Faz parte da Creative Jam, que de 6 a 10 de maio, traz a nata da criatividade nacional a Lisboa, e que culmina com a 17ª edição do Festival do CCP.

O chief creative officer da Isobar Portugal afirma, ainda, que este é um desafio que os mais jovens já venceram, mas que muitos adultos terão ainda de abraçar.

É que o mundo tornou-se em grande parte digital, e não existe digital sem tecnologia, diz o criativo. João Fernandes assume a responsabilidade de explorar a relação entre as novas tecnologias digitais em ambiente virtual e a interação com o mundo físico, a atividade criativa e a poesia.

Pretende-se, assim, promover uma discussão e demonstração do papel que a tecnologia está a desempenhar nas agências, como está a modificar os processos de trabalho e o produto criativo das mesmas. “O produto de uma agência é hoje mais complexo, porque o número de meios de distribuição da mensagem publicitária aumentaram e tornaram-se também mais complexos. Passámos de modelos muito simples e estáticos, para a integração com canais digitais, para a necessidade de compreender meios que por natureza são dinâmicos, adaptáveis, personalizáveis, influenciados por comportamentos deduzidos por algoritmos, etc…” E sem uma compreensão das possibilidades tecnológicas e uma capacidade real de implementação, as agências não poderão produzir os resultados com que se comprometem e de que se espera.

Com isto em mente, a curadoria de tecnologia endereçou um convite a Frederico Saldanha, da Isobar Brasil e vencedor de um Leão de Inovação em Cannes, que vai intervir com uma conferência, e a Pedro Janeiro, da Novabase, com workshops de design thinking. Uma reflexão que integra o Creative Jam, que João Fernandes considera “a mais nobre ação do Clube de Criativos de Portugal”.

“A atual direção do CCP compreendeu que o papel do Clube deveria desempenhar no panorama da criatividade em Portugal, não se poderia resumir a uma entrega de prémios”. Este ano, reflete-se sobre um tema urgente “exatamente porque o tempo urge”, diz João Fernandes, que afirma ainda partilhar uma ambição com o Clube – “ter o tempo suficiente para fazer bem”.

sb@briefing.pt

 

Quarta-feira, 06 Maio 2015 12:08


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