E se pudesse “conversar” com anúncios? A IBM tornou-o possível

A IBM Watson tem um novo projeto: anúncios em mobile e desktop que pensam e permitem a interação com o consumidor. São os Watson Ads, um formato através do qual o espetador poderá conduzir conversas via voz ou texto, através do smartphone, tablet ou computador.

Segundo um jornalista do Marketing Land, um dos exemplos dados pelas IBM é o anúncio ao medicamento para alergias Flonase. Quando este surge, o consumidor pode escrever questões como “isto é seguro para o meu filho?” e o anúncio em HTML5, disponível em desktop, mobile e apps, abre um espaço no ecrã para iniciar a interação. Remotamente, o Watson dará a resposta detalhada e apropriada ao consumidor.

Quando questionado sobre o ceticismo das marcas, devido à possibilidade do Watson gerar uma resposta ofensiva ou mal informada ao consumidor (recorde-se o caso da inteligência artificial da Microsoft), Jeremy Steinberg, global head of sales da Weather Company, afirmou que as próprias marcas criam bibliotecas de materiais, a partir das quais a tecnologia cria a resposta.

Jeremy Steinberg reforça que não se trata do simples uso de keywords ou segmentos pré-definidos, como seria de esperar num bot. O Watson analisa logicamente as questões, e é por essa razão que a IBM se sente preparada para criar a categoria de anúncios cognitivos.

Os anúncios cognitivos, em fase beta, serão testados no outono e, inicialmente, só estarão disponíveis para empresas da Weather Company, incluindo marcas Unilever, Campbell’s Soup e GSK Consumer Health. Sobre a aposta em TV, o profissional afirma que essa hipótese ainda está em cima da mesa.

briefing@briefing.pt 

Sexta-feira, 03 Junho 2016 11:45


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