Elas são High Creative face aos desafios globais

A caminho dos dez anos, a High Creative Studio é uma agência do Porto com uma liderança feminina. Mas, nem o primeiro fator é condicionante, nem o segundo é diferenciador, afirmam as cofundadoras, Victória Fernandes e Inês Mota. A diferença vem – dizem – da capacidade de aliar a criatividade à ousadia e à experiência.

 

Inspirada na máxima “Ever tried. Ever failed. No mater. Tried again. Fail again. Fail better”, do dramaturgo irlandês Samuel Becket, Prémio Nobel da Literatura de 1969, a High Creative Studio é uma agência boutique de marketing e publicidade, que ancora o savoir-faire da experiência com a ousadia pela comunicação e pela imagética.

Sedeada no centro do Porto, o crescimento sustentado da High Creative Studio nos seus oito anos de existência, com uma oferta de serviços que incluem a estratégia criativa, fotografia e design, criação e desenvolvimento de websites, ilustração, branding e gestão de redes, não se tem deparado com “barreiras geográficas para a captação de leads e para a prospeção de mercado”, segundo atesta Victória Fernandes, cofundadora da agência, a par de Inês Mota.

“As fronteiras nacionais/globais foram quebradas, como consequência da elevação da web 5.0 há já largos anos. E temos de mencionar ainda o repto resultante da Covid-19, que agilizou notoriamente esta proximidade com qualquer ponto do país”, acrescenta Victória Fernandes, recusando a existência de uma regionalização ao nível da comunicação.

E se as raízes nortenhas não têm sido, de forma alguma, limitadoras em termos de crescimento, a liderança 100% feminina também não representa um ‘fator diferenciador” no processo criativo e na abordagem ao mercado.

“A High Creative Studio tem três palavras chave: trabalho em equipa. Nessa senda, consideramos que nada se cria sem uma equipa multidisciplinar, como as de que dispomos internamente. Por conseguinte, o nosso objetivo é criar líderes para cada departamento, que assumam a ownership das suas respetivas especialidades”, explica Inês Mota, que, juntamente com Victoria Fernandes, lidera uma equipa maioritariamente jovem.

Além de defender que a “criatividade, a experiência e a ousadia são alguns dos alicerces para uma mutação permanente,” uma vez que a “inovação é já uma realidade que tem vindo a ser estimulada pelos avanços tecnológicos e económicos, como, por exemplo, a economia de partilha e a democratização do digital”, Inês Mota ressalva: “Ao vivermos numa conjuntura marcada pela rapidez, é premente que empresas e respetivos stakeholders demonstrem capacidade de adaptabilidade e de reinvenção.”

Uma aptidão ainda mais essencial, de acordo com Victória Fernandes, numa altura em que é imperativo combater os efeitos nefastos da pandemia provocada pela Covid-19, que vem assinalar “um A.C. (antes da Covid-19) e um D.C (depois da Covid-19) na área do marketing e comunicação.”

“No nosso prisma, o mercado fez reset e percebeu que a digitalização, além de ser um canal de promoção, é um canal de venda efetivo para a remarkable da marca. O paradigma desta mudança ainda se encontra em andamento; não obstante apercebemo-nos de que os budgets das empresas, agora mais reduzidos, estão a migrar para o digital. Mais, temos vindo a denotar que existe uma maior consciencialização, especialmente por parte dos decision-makers das PME, de que a presença digital não é um luxo, mas sim uma condição sine qua non para fomentar a awareness das suas marcas dentro dos seus targets e, inclusive, na expansão, das mesmas”, advoga.

Além de assegurar que, na High Creative Studio, “a adaptação foi de sobremaneira acessível, dado que foi mantido algo desde a sua génese, proximidade, empenho e empatia para com os clientes”, Victória Fernandes conta que a “transformação digital” entre portas já estava em marcha “há mais de cinco anos”. “Não existiu, portanto, uma mudança paradigmática resultante da pandemia. Não obstante, acrescentámos um serviço adicional, que tem vindo a ser impactante: as virtual tours, que permitem que os consumidores vivenciem, a partir das suas casas, os espaços e/ou lojas físicas das marcas, aproximando-os das mesmas.”

Atendendo à existência de uma “nova forma de comunicar, que assenta no sensorial e na oferta de ações que se foquem no ato da experiência em qualquer área de negócio, seja este B2B ou B2C”, Inês Mota nota que o “Estado das Nações alterou-se e, a par dele, surgiram novos formatos de comunicação e de ferramentas, que se traduzem em planos inovadores de proximidade com o cliente.” “Assim, o maior desafio que se perspetiva é acompanhar, ao segundo, toda esta transformação” a nível global, sublinha.

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Quarta-feira, 09 Dezembro 2020 13:01


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