Briefing I Qual o balanço destes 10 anos a “entrar” na casa dos portugueses?
Assunção Loureiro I É um balanço não só muito positivo, como um balanço que nos enche de orgulho. Há 10 anos, a TV por cabo representava apenas uma outra forma de ver televisão. As grandes séries americanas passavam, quando passavam, muito timidamente em horários discretos dos canais abertos. Em 10 anos tornámos o consumo de séries massificado. Trouxemos o melhor produto aos portugueses e as audiências responderam. O nosso share triplicou e somos hoje reconhecidos como uma clara alternativa no consumo de televisão.
Mas o nosso trabalho estende-se para além do pequeno ecrã. Hoje a FOX é uma das marcas mais reconhecidas em Portugal. Temos uma base de fãs incondicionais e estamos no top of mind quando se fala de canais de cabo.
Estes resultados são acima de tudo consequência de um enorme trabalho, de alguma criatividade e diferenciação na forma de comunicar a marca e os conteúdos e, claro, de um investimento constante da FOX International Channels no nosso mercado. Foram 10 anos bastante intensos e ainda agora estamos a começar.
Briefing I O cabo tem vindo a ter um aumento das audiências, isto tem-se verificado nas audiências da Fox?
AL I Sem dúvida. Aliás, o crescimento do consumo de canais por subscrição tem muito a ver com o trabalho de canais como o nosso. Os canais em aberto funcionam com moldes muito semelhantes e não necessariamente complementares. Os canais de cabo surgem por isso, e cada vez mais, como uma alternativa. A FOX tem a vantagem de ser “a casa das melhores séries”. E dizer isto hoje é dizer muito. O mercado das séries americanas vive uma maturidade que não tinha há 10 anos. Os melhores argumentistas, produtores e atores estão hoje a trabalhar em formatos televisivos. A FOX tem conseguido ser uma das principais janelas destas produções no mercado português. As nossas séries fazem parte do top das series mais premiadas e mais vistas internacionalmente.
Esta tendência reflete-se nas audiências. São cada vez mais os portugueses que optam pelo nosso canal quando procuram o melhor entretenimento entre os canais que têm disponíveis.
Briefing I O que pretendem fazer crescer a este nível?
AL I Queremos, acima de tudo, continuar a cativar cada vez mais os portugueses. O nosso objetivo é crescer sempre. Para nós o mais importante continua a ser oferecer o melhor entretenimento ao maior número de espectadores.
Briefing I Ao contrário das audiências no cabo, o mercado publicitário tem sofrido alguma contração. Como é que isso se tem verificado na FOX?
AL I A boa notícia é precisamente que não temos verificado essa tendência. Temos trabalhado muito e é com otimismo que encaramos os próximos tempos. Estamos conscientes da conjuntura económica que atravessamos, mas sabemos também que apresentamos uma oferta distinta e cada vez mais taylor made para o nosso mercado e para cada cliente, quer ao nível de criatividade, quer ao nível da otimização dos recursos com base em aprofundados estudos de audiências. Estas capacidades permitem-nos criar propostas que veiculam as marcas constituindo uma mais-valia para os espectadores.
No último ano e meio, fizemos um forte investimento na nossa área comercial, nomeadamente ao nível de Recursos Humanos e software pelo que podemos fazer um tracking das nossas campanhas como poucos canais da nossa concorrência podem fazer. Desta forma garantimos a maior eficácia para os que escolhem anunciar nos nossos canais e isso é muito importante num contexto económico como o atual.
Briefing I Depois de 10 anos, quais são agora os projetos da FOX Portugal?
AL I O nosso projeto é essencialmente levar mais longe o nosso trabalho. Estamos empenhados em oferecer uma grelha cada vez melhor e a consolidar cada vez mais a nossa marca. Acreditamos que é possível fazer sempre mais e melhor. Sabemos que as novas tecnologias nos vão trazer sempre novos desafios e isso estimula-nos muito no nosso dia-a-dia. A forma como nos posicionamos no mercado acompanha também as novas tendências.
Enquanto grupo, temos procurado ter cada vez mais o ownership dos conteúdos. Queremos ter cada vez mais o controlo dos conteúdos e das suas possibilidades de emissão e aí, o facto de sermos parte de uma empresa como a FOX International Channels faz toda a diferença. Começámos por ter séries partilhadas por alguns territórios, como ‘Dexter’, até chegarmos a verdadeiros lançamentos à escala global em que os títulos são comprados para todos os territórios como foi o caso de ‘Touch’. Por outro lado, aventurámo-nos também na produção e co-produção internacional identificando séries com muito potencial nas quais apostamos quando são ainda e apenas uma ideia, como é o caso de ‘The Walking Dead’.
Este regime permite ativar uma máquina de marketing a nível global com resultados inigualáveis, constituindo uma clara mais-valia face à nossa concorrência, para além de que, representa uma nova forma de encarar os conteúdos, pensando muito para além do consumo linear de TV, mas incluindo todas as novas plataformas de consumo.
No fundo, sabemos que estes 10 anos foram apenas o começo e é o nosso trabalho e objetivo de todos os dias fazer o que fazemos cada vez melhor.
Fonte: Briefing