“Essa combinação dos apoios – que iria exigir um relação estreita entre o GMCS e os responsáveis do QREN – permitiria, por um lado, desafiar as empresas de media regionais e locais a pensarem na elaboração de projetos mais ambiciosos e, por outro, salvaguardar a possibilidade das empresas menos ambiciosas – e com menos capacidades – de poderem apresentar projetos com menores níveis de investimento”, aponta o estudo.
O trabalho, coordenado pelos docentes Alberto Arons de Carvalho e Paulo Faustino, foi hoje apresentado em Lisboa na sede do GMCS e contou com a presença de diversos representantes do setor dos media, casos do presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Azeredo Lopes, e do presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API), João Palmeiro.
Outra vantagem desta eventual articulação proposta pelos docentes, “que poderá decorrer desta integração (ou complementaridade) de apoios”, traduz-se na “partilha de conhecimento, mais orientado para alavancar a inovação e desenvolvimento estratégico das empresas, como é valorizado nas diversas tipologias de apoios previstas” no QREN.
“Efetivamente, as empresas de media regionais e locais têm um potencial de desenvolvimento insuficientemente explorado, incluindo o seu papel como agente de desenvolvimento regional e local, numa lógica de valorização e promoção dos territórios”, aponta o trabalho hoje apresentado.
Os coordenadores do trabalho apontam como exemplo o sub-programa do QREN para “dinamizar o ‘cluster’ das indústrias criativas na região Norte”, e “cuja extensão deste programa a nível nacional deverá ser equacionada pelo Governo”.
A articulação do GMCS com o QREN “poderia concretizar-se através da criação de um quadro legal com dois níveis de apoios” aos media regionais e locais: um primeiro de “apoios a pequenos projetos até 150.000 euros”, sob alçada do GMCS, e um segundo de “apoio a grandes projetos superiores a 150.000 euros”, com fundos do QREN.
Fonte: Lusa