Em declarações ao briefing, Ricardo Monteiro, CEO da Euro RSCG em
Portugal, Brasil e América Latina, considera que não foi usado por
parte da BBDO o melhor critério para medir a dimensão de uma agência:
‘existem dois critérios utilizados para este tipo de medição, o
critério utilizado pela Media Monitor e o critério de Revenue, de resto
também utilizado pela “Fortune 500”, que reverte para a soma de “fees”
e comissões pagos às agências, nunca vi aplicado o critério de
facturação’.
Recorde-se que a BBDO lançou no início desta semana uma campanha onde
se auto-intitulava nº1, isto baseado no volume de negócios das
principais agências a operar em Portugal no ano de 2007. Critério que
não faz sentido na opinião de Ricardo Monteiro: “nem a Interpublic, nem
a WPP, nem a Publicis, nem a Havas, nem a Omnicom (holding que controla
a BBDO) jamais fazem apelo a esse critério para dizer da sua dimensão
ou das agências que controlam”.
Existe, contudo, uma concordância entre as agências:  os fees pagos às
agências pelas marcas são demasiado baixos e limitam a sobrevivência
das empresas.
Em termos de mercado publicitário, o CEO aponta como “principal
fragilidade o facto de este ser totalmente periférico e de os gestores
estarem pouco expostos a experiências que lhes permitam enriquecer a
sua gestão e importar “best practices” para Portugal’.” “Fraco
investimento e fraquíssima base cultural de apoio” são outros dos
problemas apontados por Ricardo Monteiro.

Fonte: Briefing