O OpenLeaks, organização sem fins lucrativos especializada em desenvolver tecnologia para fugas de informação, tem como parceiros iniciais, além do Expresso, os dois jornais alemães Der Frietag e Die Tageszeitung, o dinamarquês Dagbladet Information e a Foodwatch, uma organização não governamental alemã de defesa dos direitos dos consumidores e da qualidade alimentar.
“Queremos provar que temos um sistema realmente seguro e que vocês, os nossos parceiros e toda a gente sinta isso e tenha confiança nele”, explicou Domscheit-Berg, desafiando todos os hackers presentes no Chaos Communication Camp a tentarem derrubar a segurança da nova plataforma desenvolvida pelo OpenLeaks, durante os cinco dias da conferência.
O objectivo do novo sistema, cujo desenvolvimento começou quando vários elementos abandonaram o WikiLeaks, em Setembro de 2010, é assegurar o anonimato absoluto de quem envia informação. A grande diferença é que fornece a tecnologia aos seus parceiros, para que recebam o material de forma segura e decidam sobre a sua publicação, enquanto o WikiLeaks recebe e publica directamente fugas de informação. Actualmente o Wikileaks encontra-se sem sistema digital de entrega de documentos, tendo apenas uma caixa postal em Melbourne, na Austrália.
Ainda não há uma data para o lançamento oficial da plataforma, mas sabe-se que o Expresso, os outros três jornais e a ONG de defesa do consumidor trabalham há vários meses com o OpenLeaks.
Fonte: Expresso