Valor constante no património da Fidelidade, a inovação marca a estratégia da seguradora. Quem o garante é o diretor de Marketing e Clientes, Sérgio Carvalho, enquadrando a política nesta matéria.

“A inovação é um valor constante no património da Fidelidade”, afirma o diretor de Marketing e Clientes, Sérgio Carvalho. Um valor que – garante – tem levado a seguradora a adaptar-se ao longo dos tempos, “mantendo-se presente e liderando um mercado que enfrenta um dos seus maiores desafios de sempre: responder a um mundo ditado pela transformação digital”.

A verdadeira inovação vai muito além de uma inevitável digitalização e a Fidelidade tem consciência disso. “É fundamental aliar o poder da tecnologia a uma cultura de mudança, que deve ser apreendida e difundida por toda a organização, possibilitando a evolução e a transformação de modelos de negócio para dar resposta a desafios futuros e às expectativas de clientes, mais exigentes e informados”, diz.

Exemplo disso é a implementação de processos de automação de última geração, baseados em modelos de machine learning e inteligência artificial, e a reformulação da Experiência do Cliente, através da digitalização e da construção de ecossistemas, digitalmente habilitados, que “vão muito para além dos seguros e combinam serviços específicos e outros marketplaces” que permitem proporcionar a cada cliente uma experiência “global e surpreendente ao longo da sua jornada”.

A profissionalização dos agentes e parceiros de negócio também faz parte da estratégia. Para tal, é necessário – assume – promover uma organização ágil a nível empresarial e garantir uma organização “com talento” capaz de dar resposta a modelos de trabalho futuros.

“Se considerarmos o modelo de negócio, seguimos uma cadeia de valor específica, onde as principais tendências são identificadas e validadas pelo CFT – Center For Transformation, a equipa da Fidelidade dedicada à inovação”, explica, adiantando que na fase seguinte, de desenho estratégico, ficam a conhecer utilizadores e os seus problemas, para passarem à idealização, definição e prototipagem.

Na transformação, lançam um MVP ao mercado: “Validamos a solução e as suas funcionalidades, a forma como o utilizador se relaciona com ela, o preço, os canais de distribuição, a comunicação. Fazemos tudo isto seguindo o método lean startup: construir, medir, aprender”.

“Quando nos sentimos preparados, passamos às New Ventures para escalar rapidamente iniciativas com maior maturidade, assegurando simultaneamente um spin-off bem-sucedido, quer através da integração com unidades de negócio ou empresas do grupo, quer através da criação de novas empresas”, prossegue.

Potenciar a inovação dentro do Grupo Fidelidade e reforçar o posicionamento como um driver no panorama nacional e internacional da inovação, bem como explorar áreas de oportunidades de new ventures nos ecossistemas estratégicos do Grupo são dois dos objetivos estratégicos para os próximos anos.

“Para isso, desenhámos um tríptico progressivo para a inovação: inovação aberta, novos empreendimentos e ecossistemas de capital de risco”, conta, indicando ainda, na inovação corporativa, a existência de apps que cruzam seguros e serviços: Muticare Vitality, Fidelidade Drive e MySavings.

Como programas de inovação aberta e empreendedorismo interno, a marca desenvolveu o Programa XLab, para promover a inovação e o empreendedorismo dentro da organização. Há ainda três projetos em curso: FIXO, uma plataforma de 70 serviços ao domicílio com uma oferta selecionada e preços fixos; Just In Case, uma aplicação Web de seguros de viagem a pedido que oferece serviços adicionais e planeamento; Sofia, uma plataforma com uma gama de serviços para a população com mais de 60 anos, incluindo prestadores de cuidados, exercício e nutrição; e Protechting, um programa internacional de inovação aberta, desenvolvido em colaboração com a Fosun e o Hospital da Luz Learning Health, para impulsionar a transformação tecnológica nos sectores dos seguros e da saúde através de startups inovadoras.

Por fim, a Fidelidade é também investidora âncora de dois fundos de capital de risco: Shilling e Start Ventures. O objetivo é melhorar e potenciar a capacidade da Fidelidade para implementar projetos transformacionais e novos empreendimentos, promovendo e estimulando a inovação através da investigação, desenvolvimento e novas formas de trabalhar na exploração de novas oportunidades. Um propósito que, observa, só pode ser alcançado em total sincronia com as áreas de negócio, Marketing, IT, canais de distribuição, que são essenciais durante os pilotos.