Happy Conference: “Em cada dificuldade há uma oportunidade”

Happy Conference: “Em cada dificuldade há uma oportunidade”

“Em cada dificuldade há uma oportunidade, só temos que saber encontrá-la”. Este é a filosofia de José Luís Pinto Basto, ceo do The Edge Group que falou ao Briefing a propósito da Happy Conference, que se realiza em Lisboa no dia 21 de março.

Segundo José Luís Pinto Basto, aquela filosofia “leva-nos não só a procurar sem tréguas uma solução para cada entrave à execução, como ainda nos leva a acreditar que é possível melhorar o resultado final, apoiando-nos nas dificuldades encontradas pelo caminho”.

Briefing | Esta edição da Happy Conference tem como mote Execução e Produtividade para Resultados Extraordinários. No seu entendimento, como é que a arte de executar ou “fazer acontecer” pode ser uma fonte de realização, satisfação?
José Luís Pinto Basto | Cada vez mais, dentro das organizações ou fora delas, somos avaliados e premiados pelos resultados que alcançamos, independentemente das horas que dedicámos, do esforço ou dos caminhos que utilizámos, desde que eticamente corretos. As empresas modernas tendem a estabelecer objetivos para cada função, deixando ao critério de cada pessoa o horário, o local ou o método para os atingir. Aprender a ser produtivo e a maximizar os resultados é hoje uma obrigação de cada membro de uma organização, desde o seu líder ao mais recente estagiário.

Briefing | Concorda com o Ram Charan quando refere que “70% of strategic failures come from poor execution of leadership; it’s rarely for lack of smarts or vision.” A Execução é de facto o desafio n.º1 de um líder?
JLPB | Sem dúvida. De pouco serve uma boa ideia ou uma visão clara e acertada se ela não for bem executada. Desde o empreendedorismo às grandes multinacionais, o que conta é a capacidade de execução e entrega. Veja-se o exemplo da Apple. De que serviriam as boas ideias geradas no seu seio sem a determinação obsessiva do Steve Jobs em fazê-las chegar ao mercado, primeiro do que todos os outros, com uma qualidade difícil de copiar e a um preço altamente competitivo? Esta postura tornou a Apple na empresa mais valiosa do mundo, não é preciso dizer mais nada.

Briefing | Num contexto como o atual, complexo e imprevisível, onde somos constantemente confrontados com excessos de informação e estímulos dispersos, como é que procura alinhar as suas pessoas e equipas? Focá-las na execução estratégica e na prossecução dos objetivos críticos?
JLPB | É importante que toda a organização partilhe da visão do seu líder e do seu exemplo de execução e pragmatismo. É preferível errar de vez em quando do que nada fazer por ter medo de arriscar ou de falhar. Devemos criar essa cultura nas nossas organizações, delegando responsabilidade e tolerando o erro a quem tenta inovar e concretizar.

Briefing | Na sua opinião quais são as principais barreiras à produtividade de pessoas, equipas e organizações?
JLPB | Nem sempre as pessoas são bem orientadas ou percebem claramente o seu papel dentro de uma organização, principalmente quando falamos de grandes empresas. Um líder desadequado, promovido por antiguidade ou amizade, pode estragar toda uma equipa de gente válida e motivada. O contrário também é verdade. Um líder com carisma, visão e capacidade de execução pode transformar uma equipa desmotivada numa máquina altamente produtiva. Cabe à liderança o papel principal na produtividade de uma organização, não tenho qualquer dúvida quanto a isso.

Briefing | Se tivesse de eleger um princípio, uma metodologia ou prática que na sua opinião é essencial para a criação de uma cultura de execução e produtividade no The Edge Group qual é que elegeria?
JLPB | Defendo que “em cada dificuldade há uma oportunidade, só temos que saber encontrá-la”. Esta filosofia leva-nos não só a procurar sem tréguas uma solução para cada entrave à execução, como ainda nos leva a acreditar que é possível melhorar o resultado final, apoiando-nos nas dificuldades encontradas pelo caminho.

Briefing | No dia 21 de Março o que é que espera levar da intervenção do Chris McChesney?
JLPB | Devemos ser obsessivos na execução, mas sempre abertos a aprender com as boas práticas de outros líderes e organizações. Ouvir o Chris McChesney é uma oportunidade a não perder.

Briefing | O que leva o The Edge Group a apoiar uma iniciativa como a Happy Conference?
JLPB | Tive a oportunidade de assistir a todas as anteriores edições da Happy Conference, não podendo deixar de reconhecer a qualidade da organização, dos oradores e dos temas escolhidos, sempre muito atuais e oportunos. Entendi que devia este ano juntar a nossa marca a este movimento, tanto pela identificação de princípios e valores, como pela visibilidade que nos poderá gerar enquanto grupo.

Fonte: Briefing

Segunda-feira, 18 Março 2013 13:22


PUB