Briefing | Como foi chegar até aqui?
Hugo Veiga | O início foi super difícil. Numa agência com 100 criativos, muitos deles premiados, é difícil encontrar uma voz. Mas eu nunca desisti, mesmo quando não conseguia apresentar as minhas ideias continuei a pensar e um dia tive a minha oportunidade. Tinha tanta coisa pensada que escolhemos uma ideia que era possível fazer e essa ideia foi premiada. E assim fui criando o meu espaço dentro da agência. O importante foi sempre acreditar que ia conseguir e consegui.
Briefing | Como foi esta semana em Cannes?
HV | Foi incrível. Incrível pelos prémios que recebi, 22 Leões. Foi um recorde em Cannes. Isso deixa-me muito feliz. Mas também foi uma semana muito difícil de gerir. Sempre acreditei que a campanha da Dove podia chegar a um Grand Prix e ele escapou-me nas categorias do início da semana, que achei serem as possíveis. E perdi sempre por muito pouco, o que deixa um certo amargo na boca. E depois gerir todas as expectativas, toda a gente me perguntava quando é que eu ia ganhar o Grand Prix. Mas no final a campanha da Dove foi premiada em Titanium, a maior de todas as categorias.
Briefing | E agora, como vai mudar a tua vida?
HV | Neste momento está tudo em aberto. Sei que quero continuar a trabalhar em publicidade. Sei que quero continuar a trabalhar com marcas que sejam honestas e com visão. Que respeitem o nosso trabalho e nos deixem criar.
Fonte: Frederico Arouca, em Cannes (texto e foto)