Deste modo, o segmento deverá evoluir de 1,6 biliões, em 2010, para 2,2 biliões de euros, em 2015. Os dados estimados derivam da alteração de comportamento do mercado que, para evitar uma nova queda nas receitas da publicidade e do consumo, resolveu mudar significativamente a sua relação com o consumidor, sobretudo no que se refere à relação com o investimento no digital.
O mesmo relatório, divulgado ontem, refere ainda que o segmento digital passa de 26 por cento do total de receitas para mais de um terço (33,9 por cento) em 2015. Para os analistas, tal vai “criar grandes desafios para os maiores mercados de media tradicionais”.
Mantendo-se como o segmento mais cíclico e sensível do mercado encontra-se a publicidade, ao evoluir favoravelmente em 2010, para 5,8 por cento, depois da queda de 11 por cento em 2009. De modo geral, prevê-se que a publicidade deva atingir uma taxa de crescimento anual de 5,5 por cento para este período, transitando dos 305 mil milhões, em 2010, para os 399 mil milhões de euros, em 2011.
O Japão, considerado o maior mercado de media seguido pelos Estados Unidos da América, deverá diminuir no corrente ano como consequência do terramoto que assolou a ilha. Por outro lado, a América Latina é a região de maior crescimento a nível de investimento na área de media, com uma taxa de crescimento de 10,5 por cento, de acordo com a projecção realizada.
Também o cinema tem dado mostras de crescimento devido, em parte, ao 3D e ao blu-ray, assim como à crescente oferta de tablets no mercado e da velocidade da banda, em internet. Deste modo, o segmento pode vir a crescer 5,9 por cento, passando para os 80 mil milhões em 2015.
Apesar de o sector musical continuar em declínio, é expectável que o crescimento do digital deva ultrapassar o físico em 2014.
Fonte: Diário Económico