Marcas próprias ganham força

Marcas próprias ganham força

Os produtos de marca próprias ganham cada vez mais relevância no negócio da distribuição, quem o confirma são as principais cadeias de distribuição a actuar em Portugal: Sonae, Jerónimo Martins e Auchan. Na perspectiva das cadeias de distribuição o actual contexto de crise representa uma oportunidade de crescimento para o segmento de produtos das marcas de distribuição (MdD).

Segundo o Diário Económico, o chairman da Sonae, Belmiro de Azevedo, prevê que daqui a quatro ou cinco anos metade do que será vendido será de marca própria. No Continente o segmento das marcas próprias representa já 28 por cento das vendas brutas.

De acordo, com a directora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Ana Isabel Trigo de Morais, a quota de mercado das marcas de distribuição no primeiro semestre de 2011 é de 36 por cento. Tendo registado um aumento de 3 por cento em comparação com o mesmo período no ano anterior.

O mesmo sucedeu na insígnia Pingo Doce (grupo Jerónimo Martins), em que os produtos de marca própria representaram cerca de 40 por cento das vendas, nos primeiros nove meses do ano, segundo fonte da Jerónimo Martins referida pelo Diário Económico. Quanto ao ‘cash & carry’ do grupo – o Recheio – as marcas próprias tem um peso de 20 por cento no total das vendas. Quanto à insígnia do grupo na Polónia, a Biedronka, estes produtos representam 55 por cento das vendas.  Segundo a mesma fonte, o que se denota é que os consumidores estão cada vez mais sensíveis ao preço, consequência das dificuldades financeiras que enfrentam, daí o aumento no consumo destes produtos. Principalmente quando existe uma boa relação qualidade-preço.

A responsável pelas marcas próprias do grupo Auchan Portugal, Margarida Malheiro, refere que o peso deste segmento é de cerca de 21 por cento no primeiro semestre nesta cadeia. A responsável garante ainda que se assiste cada vez mais à procura de produtos de marca própria com o símbolo ‘P’ (Compre o que é nosso). A previsão é que o crescimento se mantenha até ao final do ano, com tendência para uma pequena subida.

Porém, a directora-geral da APED sublinha que com a quebra de poder de compra é complicado fazer estimativas, mas acredita que “as marcas de distribuição vieram para ficar”. O que poderá conduzir a uma redução nas importações, dado que as MdD competem directamente com os líderes das categorias, que são na maioria produzidos por multinacionais.

Na perspectiva do presidente da Centromarca, João Paulo Girbal, a concorrência leal é “sempre bem-vinda” visto beneficiar o consumidor, no entanto alerta que há razões para preocupação quando é utilizada informação confidencial sobre produtos de fabricante para desenvolver as marcas de distribuição.

Fonte: Diário Económico

 

 

 

Segunda-feira, 05 Dezembro 2011 11:37


PUB