Segundo a porta-voz do curso, a faculdade tem sido pioneira no estudo do impacto social das tecnologias digitais e na resposta às necessidades do mercado, desde logo com a abertura, em 2000, da variante digital do curso de Comunicação Social, coordenada por Roberto Carneiro. Em 2010, iniciou uma Formação Avançada em Media Sociais, mas não se ficou por aqui: “À medida que os media sociais têm crescente importância no quotidiano das pessoas e na comunicação das marcas, pensámos em expandir essa formação para uma pós-graduação, possibilitando assim um olhar mais aprofundado sobre esta área de crescente complexidade e abrangência”, explica.
Patrícia Dias Soares reconhece que há muita oferta em torno desta temática, mas considera que a maior parte dos cursos são muito práticos e focados em ferramentas específicas. Já a pós-graduação da FCH, “sem descurar a aquisição de competências técnicas, foca-se mais no planeamento estratégico, na compreensão das caraterísticas dos media sociais e no comportamento dos seus utilizadores”: “Este enfoque permite aplicar os conhecimentos adquiridos a novas ferramentas e a tendências emergentes, o que consideramos fundamental num panorama mediático em constante e rápida evolução”, frisa.
E o que diferencia verdadeiramente esta esta pós-graduação é “uma abordagem focada nas pessoas em vez de nas tecnologias ou no negócio”, que “permite complementar o how to que os profissionais de comunicação e marketing tanto procuram com insights das Ciências Humanas que os capacitam para ir além de fórmulas e regras propostas por determinados autores e para encontrarem as suas próprias soluções para cada caso específico”.
Patrícia Dias Soares sublinha ainda, como diferenciadora, a participação de um docente internacional, o especialista em marketing para os media sociais Joel Postman, a exploração de casos de sucesso nacionais e internacionais com o objetivo de trocar experiências sobre boas práticas em parceria com a agência de comunicação Imago- LLorente & Cuenca, a utilização de métodos pedagógicos interativos como o world café ou o design thinking, e um acompanhamento muito próximo do corpo docente da FCH.
Quanto às mais-valias da abordagem centrada no comportamento humano, a porta-voz da formação adianta que, num cenário caracterizado pela constante e rápida mutabilidade, em que todos os dias surgem novas plataformas e aplicações, o enfoque em tecnologias específicas faz com que os conhecimentos adquiridos percam atualidade ou utilidade mais facilmente. “Uma abordagem que permite conhecer e compreender o comportamento humano, as necessidades e preferências, possibilita uma adaptação a qualquer plataforma e favorece a inovação. Afinal, os media sociais são apenas mediadores entre as organizações e os seus diferentes stakeholders”, destaca.
Com as inscrições a encerrarem esta quarta-feira, dia 15, a pós-graduação destina-se a profissionais de comunicação e marketing que trabalhem ou desejem trabalhar no âmbito digital. Patrícia Dias Soares cita um estudo recente de Erik Qualman, segundo o qual mais de 90% dos profissionais de marketing nos EUA incluem os media sociais no seu mix de comunicação, para demonstrar conhecer e dominar este canal de comunicação é uma mais-valia importante para qualquer profissional da área.