“São mais de 5.500 metros quadrados de vinil para decorar as nossas 350 viaturas e mais de 12 mil peças de fardamento para os nossos operadores de distribuição e de armazém”, exemplifica. E salienta o investimento que a renovação da imagem afeta ao digital.
Briefing | O que motivou a mudança de imagem e identidade corporativa da Chronopost?
Carla Pereira | Este novo posicionamento da Chronopost surge de um alinhamento global do Grupo do qual fazemos parte. Trata-se, sobretudo, de uma estratégia de desenvolvimento que vem reforçar a nossa ambição de sermos reconhecidos como um Grupo interligado e diferenciado e que reflete o nosso desejo de sermos valorizados globalmente como líderes no transporte expresso. Ao mesmo tempo, define também a forma como desenvolvemos o nosso negócio e como queremos que os clientes percecionem os nossos serviços.
Estamos empenhados em reforçar a nossa competitividade e a nossa ambição de sermos o parceiro certo para as empresas e de oferecer aos nossos clientes uma experiência de utilização única no que respeita à entrega das suas encomendas. Este novo posicionamento é mais um passo importante para tornar isso possível e acessível ao mercado.
Briefing | O que muda com o novo posicionamento?
CP | Este novo posicionamento traduziu-se, em primeiro lugar, no lançamento de uma nova identidade de marca – o DPDgroup – que passa a ser usado para designar a rede internacional de entregas expresso da GeoPost.
Por outras palavras, significa que todos os negócios da GeoPost no mercado CEP (Courier Express and Parcels) são a partir de agora identificados com a marca DPDgroup. E é precisamente no âmbito desta nova estratégia de desenvolvimento global da GeoPost que a Chronopost adota também em Portugal uma nova imagem e identidade corporativa.
Como resultado deste alinhamento estratégico, o mercado B2C em Portugal assiste também a uma mudança na marca até agora conhecida por este segmento. Na verdade, os 420 pontos Pick me! passaram a designar-se Pickup e têm tido um reforço da oferta de serviços disponíveis, como é exemplo disso a recente disponibilização de entregas ao sábado das encomendas expedidas à sexta-feira. Esta alteração de imagem e nome da rede é igualmente o primeiro passo para a integração total dos nossos 16.000 parcels shops a nível internacional, passando a ser tão fácil ao e-retailer oferecer aos seus clientes uma entrega num ponto da rede Pickup da mesma forma quer seja feita em Portugal ou em França.
Mas também o Predict, o serviço de entrega interativa da Chronopost, sofre uma uniformização e passará a estar disponível em 20 países da Europa. Este serviço alerta com antecedência o destinatário da receção da sua encomenda, através de notificações SMS ou email, com uma janela temporal de uma hora para a entrega. Em breve, o Predict em Portugal contará também com o live tracking, uma solução que permite ao destinatário acompanhar, em tempo real, o trajeto da sua encomenda até ao momento em que esta lhe é entregue ao domicílio, dando um novo salto tecnológico em termos de inovação.
Briefing | Como é que essa transformação se reflete na estratégia de marketing da marca?
CP | O desafio e as exigências do mercado são cada vez maiores, mas a nossa preocupação continua a ser a de proporcionar a melhor experiência de compra aos nossos clientes.
A Chronopost está na linha da frente no que diz respeito a soluções inovadoras que permitem assegurar uma qualidade elevada dos seus serviços de uma forma conveniente, fácil e rápida. E este novo posicionamento está perfeitamente alinhado com a nossa missão de perceber as necessidades dos nossos clientes, reforçar a relação com eles e criar relações de proximidade que garantam a sua satisfação. Aliás, deste posicionamento faz parte uma nova cultura de serviço, que incorpora variadas ações internas e externas, que impactarão a forma como os nossos principais pontos de contacto com o cliente interagem com este, sempre no intuito de sermos reconhecidos como a referência nas entregas expresso, mas igualmente como o operador que torna o envio e receção de encomendas, algo conveniente e extraordinariamente simples, onde quer que os clientes se encontrem.
O que nos diferencia é a forma como construímos relações de proximidade com os nossos clientes. O que nos importa é cada encomenda, cada pessoa e cada relação. Esta é a maior estratégia de marketing da Chronopost e do DPDgroup.
Briefing | Em que consiste o rebranding da marca?
CP | A nova imagem da Chronopost assume agora tons cromáticos mais vibrantes e essa linha gráfica está naturalmente refletida em todas as nossas plataformas. Tal como nós, o nosso cubo vermelho é ágil e nada complicado.
Uma mudança de marca desta dimensão implica uma logística impressionante. São mais de 5.500 metros quadrados de vinil para decorar as nossas 350 viaturas e mais de 12.000 peças de fardamento para os nossos operadores de distribuição e de armazém. Sem contar que são 13 estações com toda a imagem interna e externa a ser alterada num curto espaço de tempo. Mas foi do ponto de vista digital que mais investimos em imagem. O nosso website foi desenvolvido a pensar em todas as plataformas (é responsive e totalmente adaptado ao mobile). Foi construído de forma ágil e prática: o cliente acede, no máximo em dois cliques a toda a informação de que necessita e apenas terá de se posicionar na homepage pelo perfil que tem quando nos consulta: quer receber ou quer enviar uma encomenda? Além disso, estamos ainda a ultimar a App que criámos para a Chronopost, onde o cliente poderá consultar o estado da sua encomenda ou encontrar a loja Pickup mais próxima de si.
Briefing | Quais as ações de comunicação estão previstas para este ano?
CP | A nossa mudança far-se-á num reduzido espaço de tempo. Contamos que, até ao verão, todo o processo de alteração da imagem esteja concluído. Pretendemos que seja a qualidade do nosso serviço a destacar-nos e não apenas a nossa imagem. Estamos a preparar mais algumas ações de divulgação da marca, sobretudo no que diz respeito à nossa aposta na rede Pickup. Disso será exemplo a nossa participação no E-Show, uma vez mais como sponsors e com o maior stand da zona de exposição e participação em algumas conferências.
Briefing | Qual o uso que a marca faz do digital e das redes sociais?
CP | A componente digital é um pilar fundamental para o negócio da Chronopost e tem sido uma grande aposta da nossa empresa. Na verdade, a competitividade das economias está hoje, mais do que nunca, dependente de uma e-economia que facilite e fomente o acesso a oportunidades de negócio, tanto para cidadãos como para empresas.
Na Chronopost fomentamos um ambiente propício à inovação e temos trabalhado diariamente para dar resposta às necessidades dos consumidores que fazem hoje mais compras online do que há um ano. A nossa principal preocupação é, por isso, garantir que o consumidor se sente satisfeito com a compra online. E isso passa, entre outras coisas, por garantirmos a entrega da encomenda após o pagamento e a possibilidade de devolução do mesmo produto.
Com a evolução do comércio eletrónico tivemos inevitavelmente de alterar a nossa estratégia e de reformular a nossa estrutura para dar resposta às necessidades dos e-shoppers. E precisamente por isso reforçámos também a nossa presença online, o que nos permitiu também universalizar a nossa oferta de serviços. As soluções de redes de proximidade e de interatividade com os destinatários que desenvolvemos, como a página “como podemos ajudá-lo?” ou o live tracking, são disso bons exemplos.
Briefing | De que modo é que a direção de marketing portuguesa tem autonomia para delinear a estratégia de comunicação nacional?
CP | O nosso Grupo não é nada complicado. Obviamente que teremos de seguir escrupulosamente as guidelines internacionais no que respeita ao posicionamento da marca, mas somos localmente dinâmicos. Com isto, queremos dizer que cada filial desenvolve e aplica a estratégia de comunicação nacional já que, ninguém melhor do que a direção de marketing de cada país conhece o mercado em que opera, os clientes e obviamente os objetivos do próprio negócio, além das tendências específicas a nível da tecnologia ou dos consumidores. A Chronopost Portugal foi a primeira filial do Grupo a ter, por exemplo, os seus operadores de distribuição fardados no dia em que a marca comunicou a alteração de imagem. E esta decisão foi tomada conscientemente por nós, tendo contado com o apoio incondicional do Grupo.
Briefing | Quais as expetativas de negócio para 2015 em Portugal?
CP | A nossa ambição é continuar a reforçar e a inovar no segmento B2B e a alargar as nossas capacidades no B2C, segmento que registou no ano passado um aumento de 35% nas receitas em Portugal.
O B2C é, de facto, um mercado em rápido desenvolvimento e em breve deverá representar 50% do mercado total CEP. A nossa expectativa passa, por isso, por também continuar a ganhar todos os anos uma quota de mercado significativa nesta área.