Briefing | O que justifica a mudança de Oeiras para Cascais?
Karla Campos | é uma vontade que tinha em celebrar da melhor forma os 15 anos de festival. Foi pensado para aquele local em Cascais, para aquele Parque Marechal Carmona, foi ali que há 15 anos idealizado. No fundo acabou por ser natural que, para assinalar a data dos 15 anos, fosse feito naquele ambiente. Foi uma vontade recíproca.
É apenas uma mudança geográfica ou envolve o posicionamento do próprio festival?
A consistência do posicionamento vem sendo feita ao longo dos anos. Ter atenção a detalhes, o conforto, a sustentabilidade, a boa música, o desafio ao público, o usufruto dos espaços arquitetónicos em consonância com a natureza, o resultado de todas estas variantes faz com que se trabalhe mais e melhor todos os anos para que possamos sempre poder crescer.
Esta 15.ª edição apresenta uma vertente de sustentabilidade reforçada. Era uma decisão incontornável?
Absolutamente incontornável. Não fazia sentido não se pensar em sustentabilidade, em ecologia, em melhores condições para todos, ainda para mais estando nós presentes em jardins, em espaços verdes de absoluta comunhão com a natureza. Ao longo dos últimos anos tem havido um reconhecimento do festival através de prémios e nomeações no que à ecologia e sustentabilidade diz respeito. Para nós não é só um prémio ou nomeação, é uma obrigação. Um ponto de honra.
Que retorno traz para a marca essa aposta?
É um retorno amplo. Se para a marca CoolJazz é definitivo e objetivo que queremos prosseguir sempre com as ideias da sustentabilidade e ecologia muito presentes, para a EDP parece-me que estamos também a falar de algo muito importante para a marca. Em conjunto desafiamos, inclusivamente, os artistas a serem informados do que está a acontecer, do que fazemos em termos de Desperdício Zero em termos de comida do festival, e os artistas reagem muitíssimo bem. Querem participar.
Como marca, o que diferencia o EDPCoolJazz dos demais festivais?
É um festival premium. Trabalhamos áreas como o conforto, a ecologia, o usufruto dos espaços arquitetónicos e paisagísticos, queremos que o público sinta que está inserido em algo que não é usual. Viver novas experiências e diferenciadoras é também o lema desta empresa que leva o festival nestes 15 anos, que é a Live Experiences como o lema: “Creating new emoticons”.
Poderíamos ter um festival desta natureza sem um naming sponsor?
O naming sponsor é muito mais do que do que ter o nome no título do festival. É uma parceria que ser quer próxima, com objetivos muito próximos, ideais que se identifiquem, que haja sinergias entre as partes. Tem que ser o caso de win-win para todas as partes; festival, marca, público.
Qual o esforço de angariação de marcas? Há algum critério nessa associação?
Há definitivamente um critério de ter marcas, artistas, público que sejam associados ao festival e que correspondam a ideais que queremos estabelecer e que temos feito nestes 15 anos. As marcas certas com momentos certos dentro do festival podem fazer parte da experiência mais enriquecedora de todas.
O que representam os patrocínios como fonte de rendimento?
É uma parte importante em termos de budget global, sem dúvida, mas também é de considerar o que podem e devem trazer aos eventos, e, no caso deste festival, é importante ter os parceiros certos para trabalhar da melhor forma a experiência global do evento.
Em que medida é que essa verba e esses patrocínios são fundamentais para atrair artistas?
A capacidade económica de trabalhar um cartaz é fator importante, mas também o legado dos 15 anos do festival faz com que os próprios agentes, artistas, managements reconheçam no festival o que podem conseguir/retirar da presença do artista. Há um crédito inerente ao festival que não passa despercebido no momento de fechar o negócio.