O que anda a Queijos Santiago a fazer? A Teresa conta tudo

A portugalidade é um dos focos da estratégia da Queijos Santiago, marca sediada na Malveira e que junta a este trunfo o facto de ser centenária. Mas não esquece a inovação, nem a internacionalização, como conta a responsável de Marketing, Teresa Moniz.

 

Briefing | “Saber que sabe bem” é a assinatura da Queijos Santiago. O que procura a marca transmitir?

Teresa Moniz | Com mais de 100 anos de história e sob o mote “Saber que Sabe Bem” pretendemos transmitir a sabedoria de quatro gerações na arte de fazer queijos, que alia na perfeição a tradição, o sabor e a qualidade.

Como tem evoluído o posicionamento no mercado, atendendo, precisamente, a que tem mais de um século?

A Queijos Santiago possui um portefólio bastante diversificado e já conta com cerca de 250 SKU [unidades de controlo de stock], entre marcas do fabricante e marcas da distribuição, presentes nos principais canais de distribuição.

O crescimento de vendas e de notoriedade da marca no mercado nacional e internacional é notório e é fruto dos investimentos que a marca tem feito, não só a nível de trade, comunicação e marketing, como na modernização das unidades fabris, na inovação dos produtos e na constante avaliação do mercado.

Qual a estratégia de marketing?

Temos o privilégio de estar à mesa dos portugueses há 102 anos e a nossa estratégia assenta na valorização de marca, uma marca portuguesa, que vem reforçar a nossa tradição centenária de sermos reconhecidos como especialistas na produção de queijo.

A nossa comunicação tem como principal pilar a utilização de leite 100% português. A qualidade dos nossos queijos é um ponto chave na identidade da marca e a forma como os consumidores percecionam a Queijos Santiago garante-nos uma forte fidelização e envolvimento.

Apostamos também numa forte componente de marketing reacional on-trade e off-trade, permitindo-nos, assim, criar relações estreitas com os nossos parceiros e assegurar a preferência dos consumidores com a solidez desejada.

Em que meios/canais se corporiza e com que mensagens?

Estar onde o nosso consumidor está é, sem dúvida, uma premissa da nossa comunicação. A maior presença está no trade, onde a visibilidade e a frequência é elevada, dada a nossa distribuição alargada. Paralelamente, e com mais relevância nos últimos cinco anos, a marca tem investido em patrocínios e parcerias estratégicas, comunicação digital, social media influencers e este ano, pela primeira vez, com presença publicitária em televisão.

Com a nossa assinatura ‘Saber que Sabe Bem’ pretendemos transmitir confiança e segurança na qualidade e no sabor dos nossos produtos. E é isso que desejamos que os consumidores saibam e comprovem.

Qual a abordagem à inovação?

A inovação por si só traz dinamismo às marcas, e, no caso da Queijos Santiago, quando essa inovação é acompanhada de valor acrescentado, então estamos alinhados com os nossos objetivos. Neste sentido, temos um departamento dedicado à investigação e criação de novos produtos, bem como ao melhoramento das gamas já existentes.

Assim, surgiram lançamentos como a gama de queijos cremosos, feitos com o sabor e qualidade dos nossos queijos curados best-sellers, a gama de queijo fresco para barrar e a gama de queijo fresco biológico. Para 2021, estamos a trabalhar em novos projetos com a qualidade e sabor que nos caracterizam e sempre com o orgulho de sermos uma marca portuguesa.

Qual o investimento consagrado a esta área?

É uma das prioridades para Queijos Santiago, pelo que requer uma percentagem considerável do budget anual.

E o que tem a marca trazido de novo ao mercado?

Oferecemos aos consumidores queijos produzidos em Portugal e com leite 100% português, aliados à sabedoria de gerações. Desta forma, e para dar resposta às exigências do mercado e dos consumidores, temos lançado produtos estratégicos em termos de inovação e de formatos convenientes. Foram os casos do Queijo Quark, Queijo Fresco para Barrar e, recentemente, o Queijo Fresco Bio.

Um dos exemplos mais recentes é a gama de queijo biológico. Que necessidade de mercado esteve por trás desse lançamento?

O mercado evoluiu e a sensibilidade dos consumidores para a conservação do planeta, para o consumo sustentável e para a alimentação saudável é cada vez mais notória e generalizada. Por isso, atendendo à necessidade do consumo de produtos de origem biológica e sustentável e valorizando o leite nacional, criámos o primeiro queijo fresco biológico português, um produto proveniente de vacas de agricultura biológica, de produção sustentável e com o sabor e qualidade que nos caracterizam.

 

Houve retraimento da atividade e, em concreto dos esforços de inovação e de marketing, em consequência da atual situação social e económica?

Claro que a fase que atravessamos tem abalado, no geral, a economia nacional. Não somos exceção, mas, com grande esforço e dinamismo de toda a equipa, temos mantido o nosso foco na produção e inovação, exemplo disso são as duas novidades que apresentamos em período de pandemia, os Queijos Frescos para Barrar e os Queijos Frescos Bio.   

O grande desafio que temos enfrentado, e com êxito, tem sido a nossa capacidade de adaptação, flexibilidade e rapidez de resposta a que este período nos obriga.

Sendo uma empresa nacional, como olha para a internacionalização? Já acontece? Em que moldes e mercados e com que peso no negócio?

Sim, a exportação está efetivamente a ganhar dimensão na Queijos Santiago e a marca investe, quer a nível logístico, quer a nível de negócio para elevar os produtos nacionais e distribuí-los por todo o mundo. Assim, exportamos essencialmente queijos curados para mais de 20 países, o que representa 4,5% do nosso negócio global.

fs@briefing.pt

 

Quarta-feira, 02 Junho 2021 11:07


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