Não é ele, porém, que está à frente da cozinha deste restaurante: é Napoleão Valente, chefe angolano que acaba de apresentar a nova carta. Os sabores, esses, resultam da fusão entre a predileção do proprietário pela gastronomia portuguesa e as origens do autor dos pratos. Mas não se pense que o Comendador Silva é convencional. Os sabores e os produtos nacionais estão lá, mas são reinventados, prometendo uma pitada de irreverência.
Desta nova carta fazem parte criações complexas, que o chefe define como ideais para os apreciadores de boa comida que querem conhecer novas texturas e que valorizam a apresentação cuidada. Assim, há seis novas entradas, em que pontuam a sopa de peixe e marisco e o pato com citrinos e rebentos. Nas opções de carne, saem para a mesa, entre outras, frango do campo com alheira, batatas e legumes; osso buco com grelos e batata e cozido em texturas. No peixe, evidencia-se o esparguete com lavagante, mas também o robalo com arroz e a abóbora e a tranche de peixe em cataplana e marisco. Opções vegetarianas também as há – arroz selvagem com cogumelos da época e cremoso de beterraba e maçã. E como nenhuma carta fica completa sem sobremesa, difícil é escolher entre pudim abade de Priscos com maçã verde e citrinos, bolo de chocolate com caramelo, nozes e natas ou mousse de frutos vermelhos com biscoito.
