O que recomenda o Hugo? Relevância

Continuar a ser relevante. Eis o conselho do fundador e Head of Creativity da Ray Gun, Hugo Pinto, às marcas para os próximos tempos. “Nestas alturas, é importante que os valores, missão e visão das diferentes companhias, e do que as suas marcas representam, esteja bem presente na cabeça dos seus colaboradores, diz, até porque “mais do que tudo, têm responsabilidades perante os seus stakeholders e, nomeadamente, os seus colaboradores”.

 

A partir daí, percebendo o que estas marcas são nestes tempos, entende que é importante compreender também como podem ser relevantes para os seus consumidores. “Será que os podem ajudar de alguma forma? Seja de forma mais prática ou aspiracional é fundamental manter o diálogo e continuar a ser relevante”, afirma.

Mas como está a agência a viver este período? Hugo Pinto revela que se adaptou “muito rapidamente à situação e ao desafio”. “De certa forma, tem sido até um reforço do espírito da equipa, uma ação de team building se quisermos; há ainda maior comunicação, maior preocupação com detalhes, todos têm se excedido em garantir que tudo corre como se estivéssemos juntos. E tem funcionado muito bem”, conta.

Com o mercado “condicionado pelas notícias”, a agência tem acompanhado os clientes nesta transição, estando em “contacto constante”, seja por WhatsApp, telefone ou Skype. “O mais importante é tentar manter a normalidade em situações extraordinárias como estas”, assume, realçando que não quiseram forçar a videochamada ou a conference call se não se justificar. “A ideia é reduzir a sensação de todos estarmos distantes e ficarmos mais com a sensação que sou “eu” que estou a trabalhar a partir de casa e todos estão na agência, como normalmente. Penso que isso ajuda também a garantir alguma normalidade”, comenta, observando que são muito versáteis e conscientes do que é necessário fazer. “Por vezes basta uma simples mensagem para todos para que cada um saiba o que fazer e tem funcionado muito bem. É uma equipa experiente e muito atenta a tudo e assim ajudamo-nos uns aos outros, talvez ainda mais do que se estivéssemos a trabalhar presencialmente na agência”, sustenta.

É assim que, acredita, se diminui o impacto deste período extraordinário: “transmitir a sensação que é apenas uma pessoa a trabalhar de casa e não todos. A capacidade de ajudar sempre que necessário. Cumprimentarmo-nos sempre de manhã e manter todas as rotinas necessárias. Ir pelo simples e não complicar. Seguir a norma e a normalidade, criando esta almofada de conforto em que todos sabemos o que fazer – e que vai tudo funcionar como normalmente – mesmo trabalhando à distância”.

sd@briefing.pt

Quarta-feira, 25 Março 2020 11:51


PUB