Engane-se quem pense que é algo desenhado à mão e pouco cuidado; pelo contrário, o The Occupied Wall Street Journal é um jornal produzido profissionalmente, de quatro cores e com quatro páginas do documento do protesto, que começou a 17 de Setembro.
De certa forma, esta iniciativa é um exemplo de como o jornal impresso ainda tem importância aquando das problemáticas sociais, apesar de na conjuntura actual prevalecer o digital. “Faz sentido quando se pensa sobre se os jornais transmitem uma sensação de lugar, de realmente se estar lá, que os media digital não transmitem”, lê-se no The New York Times.
“O acto de uma pessoa dar a outra um jornal é importante”, referiu ao jornal norte-americano Arun Grupta, uma das doze pessoas que ajudou a organizar o The Occupied Wall Street Journal. “Queríamos chegar a algo que fosse perfeitamente projectado e bem escrito, que desse uma forma tangível daquilo que está em curso”. Uma chamada bastou para o financiamento do pop-up e num instante o jornal saiu no final do mês.
A impressão inicial teve 50 mil cópias que foram posteriormente aumentadas com um extra de 20 mil, com ajuda promocional de Michael Moore, Andy Bichlbaum – dos artistas de “Yes Men” -, entre outros. A edição do The Occupied Wall Street Journal ficou a cargo de Grupta, juntamente com Michael Levitin, um jornalista de imprensa ex-associado, e Jed Brandt, um escritor e activista, que desempenhou as funções de chefe de designer.
De acordo com o The New York Times, o The Occupied Wall Street Journal não é o jornal “oficial” do protesto, uma vez que nada é oficial no mundo dos “Ocupas de Wall Street”.
Fonte: The New York Times