Ongoing não exclui interesse na RTP

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“Nunca se pode dizer que desta água não beberei”. É assim que Nuno Vasconcellos, CEO da Ongoing, responde, numa entrevista dada à edição de domingo do jornal Público, a uma pergunta sobre o interesse, ou não, na RTP.

 

O líder da Ongoing afirma que a Impresa é a sua prioridade e que está “focado em salvar a companhia” mas, sobre o interesse na RTP, afirma que “nunca se pode dizer que desta água não beberei”. “Em relação à RTP, ainda não se sabe bem o que vai acontecer. O Governo diz que vai ser privatizado um canal”, afirma Vasconcellos que defende a privatização total da estação pública. “Não acho bem que os portugueses paguem um milhão de euros por dia, que saem dos meus impostos e dos seus”, afirma.
Num artigo de opinião publicado na edição de 6 de Setembro do Diário de Notícias, Nuno Vasconcelos afirmava que a Ongoing não iria à privatização da RTP, explicando que “a televisão da Ongoing é a SIC”. No mesmo artigo, o CEO da Ongoing escrevia que “não há um único argumento que possa ser racionalmente sustentado contra a privatização da RTP”.
Na entrevista ao Público, Nuno Vasconcellos renova as críticas ao grupo de Balsemão e diz que existe uma “certa perseguição do Expresso e da SIC” à Ongoing. “As notícias começam no Expresso ou na SIC Notícias e depois o Público pega, depois o Correio da Manhã”, diz. Quem tem interesse em manipular informação e condicionar o crescimento da Ongoing são “Balsemão e os seu pitbulls”. A Ongoing detém 23% da Impresa e mantém um conflito com Pinto Balsamão sobre a gestão da empresa.
Vasconcellos afirma que desde há dois anos “a SIC e o Expresso não têm parado de fantasiar e criar factos sobre a Ongoing. Até lá, a Ongoing era assim tão falada? Não era”. Na entrevista, o CEO diz que o grupo tem participações na Zon, PT e grupo BES/holding e controla 29 empresas. Só a área de tecnologias teve uma valorização de quase mil milhões de euros. “É uma área que não conhecem, nem vão conhecer tão cedo” e diz que as avaliações individuais de cada empresa do grupo são “um segredo da casa”.
Questionado sobre este secretismo, Vasconcellos pergunta: “Por que é que não havia de ser um segredo da casa? Por que é que eu hei-de entregar à minha concorrência as avaliações e o meu plano de negócios? Se eu tenho um só accionista e se não estou cotado em bolsa…Quem ganha?”.
Fonte: Público

Domingo, 09 Outubro 2011 14:10


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