Os eventos dele dão que falar

Os eventos que Álvaro Covões e a sua Everything is New organizam dão que falar. Ou melhor, ganham prémios, como os que arrebatou na primeira edição dos Portugal Festival Awards. E enchem recintos, como o provam sucessivas edições do Optimus Alive. Ao Briefing, Álvaro Covões atribuiu o sucesso à qualidade dos espetáculos, mas também ao facto de pensar positivo e dar às pessoas o que eles querem – “ser felizes”.

“As pessoas querem viver e vivem, dentro das suas possibilidades. E tudo na vida é uma questão de escolha”, afirma. Uma das opções, depois de satisfeitas as necessidades básicas, pode ser ver concertos. Responde assim quando questionado sobre o facto de, em anos de crise, os concertos em Portugal continuarem a esgotar.

“O País não acabou, nem vai acabar. Os portugueses do século XXI não são os portugueses dos séculos XV ou XVI, que tinham a inquisição. Não se amedrontam com cenários catastróficos”, comenta.

A propósito, o empresário defende que é precisar mudar mentalidades e pensar positivo. É – diz – o que a sua produtora tem feito e que lhe tem permitido obter resultados: “Acreditamos nas pessoas, acreditamos no País e arriscamos”.

Entre os resultados contam-se os prémios, mas o maior prémio – sublinha – é o público e são os artistas que respeitam esse público dando bons concertos. O maior prémio é, por exemplo, vender 15 mil bilhetes no exterior por edição do Alive, a maioria dos quais a britânicos, que já ultrapassam os espanhóis entre os espetadores estrangeiros. Ou vender 200 bilhetes na Austrália para aquele que designa como “um festival urbano único na Europa”.

Único porque combina quatro grandes atratividades: porque de manhã é possível ir à praia, ao almoço e início da tarde é possível conhecer o património, seja de Lisboa, seja de Sintra ou Cascais, a partir das 17 há os concertos e depois das quatro da manhã a noite pode continuar no Cais do Sodré ou Bairro Alto.

Um potencial que, de certa forma, é exclusivo no Alive, mas que Álvaro Covões estende à indústria do entretenimento, defendendo que é “importantíssima para o turismo” e não percebendo como não tem sido aproveitada.

O turismo – argumenta – precisa de conteúdos. Espetáculos, mas também futebol. Sem preconceitos: “Portugal tem vergonha do futebol, quando, se calhar, os principais promotores da imagem do país no estrangeiro são os futebolistas e os agentes, como Ronaldo ou Mourinho”.

fs@briefing.pt

Terça-feira, 29 Outubro 2013 13:15


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