Briefing | Que novidades tem o IPAM preparadas para este ano?
Daniel Sá | O ano de 2022 vai ser marcante na história do IPAM, dado que teremos inúmeras novidades na oferta formativa da instituição. Além das atuais duas licenciaturas, dois mestrados, dois cursos técnicos superiores profissionais e várias pós-graduações focadas no Marketing, o IPAM vai passar a disponibilizar, durante o próximo ano letivo, um conjunto de novos cursos na área dos negócios, indo ao encontro do novo posicionamento “Marketing Leads Business”. Estes novos cursos, que tocam as áreas da Gestão de Negócios, Branding, Tecnologia, Data Science, Marketing Digital, Growth Hacking, Estratégia e Liderança, entre outros, serão lançados tanto nos nossos campus do Porto e Lisboa como online.
Há novas parcerias em perspetiva? Com que objetivos?
Sim, várias. Desde sempre que o IPAM tem vindo a romper barreiras. Nestas quase quatro décadas de vida trabalhámos sempre em conjunto com o mercado, pelo que as parcerias fazem parte da nossa rotina de trabalho. Destaco dois tipos de parcerias. Em primeiro lugar, o IPAM faz parte de um grupo de ensino superior ibérico, que junta a Universidade Europea, em Espanha, e a Universidade Europeia, o IADE e o IPAM, em Portugal. Este grupo, com mais de 30.000 estudantes, permite que tenhamos várias parcerias e sinergias em termos de cursos, investigação, professores e vários projetos. Em segundo lugar, continuamos a trabalhar no fortalecimento das parcerias com instituições de ensino estrangeiras, com o objetivo de permitir uma maior mobilidade internacional de estudantes e professores, bem como com o mundo empresarial onde fomentamos estágios curriculares, análises de casos reais ou projetos de investigação, trazendo a realidade à nossa experiência de ensino.
Qual a estratégia de marketing definida para apresentar as novidades e parcerias?
Relativamente aos novos cursos, seguimos uma estratégia já consolidada nos últimos anos, de apresentar cada uma das novidades ao target a que se dirige. Procuramos combinar ações digitais com apresentações presenciais, para evidenciar os benefícios, conteúdos e promessa de valor de cada oferta formativa. Quanto às parcerias, acabamos por utilizar muito as redes sociais para a sua divulgação ou, em alguns casos específicos, utilizamos outros canais, de acordo com as características de cada parceiro.
Quais os desafios de comunicar uma marca de ensino?
Destaco dois grandes desafios: o primeiro, transversal a todos os setores de atividade, que é garantir a eficácia da comunicação numa altura em que o consumidor é sufocado com tantos estímulos publicitários e em tantos formatos distintos; o segundo, específico do ensino superior, é diferenciar o IPAM de todas as outras instituições. Existe uma tendência em todo o setor de ensino superior no mundo de utilizar os mesmos tipos de argumentos para se promoverem: a qualidade do corpo docente, as taxas de empregabilidade e a ideia de vender o sonho de uma profissão ao potencial estudante. Historicamente temos sido disruptivos no IPAM, quer nas mensagens quer nos canais utilizados. Em termos de mensagem apostamos muito na explicação do nosso modelo académico, que consideramos único e superior, já que resulta numa imersão profissional intensa e eficaz. Já no que diz respeito aos canais, sempre fomos capazes de ser mais arrojados, visitámos escolas secundários nos anos 80 com um autocarro com computadores, entrámos nos festivais de música nos anos 90 e fizemos product placement nos “Morangos com Açúcar”, quando quase não existia product placement em Portugal.
Qual a importância da inovação no ensino, e concretamente no ensino do marketing?
Diversos especialistas e instituições de diferentes áreas apontam várias tendências no futuro do ensino.
Personalized learning, Project-based learning, Blended Learning, Disruptive School, Growth Mindset, Digital Literacy, Teaching Empathy, Emotional Learning, Brain Based Learning, Adaptive Learning Algorithms, Alternatives to Letter Grades, Gamification ou Mobile Learning são algumas das tendências identificadas, que vão modificar o ensino nos próximos anos.
Por onde passa o futuro do ensino no IPAM a médio prazo? Será num modelo híbrido?
Apesar das inovações que têm tido lugar na sociedade, na economia, na cultura e na tecnologia, o ensino tem mantido um modelo conservador, de transmissão de conhecimentos de um professor a um grupo de alunos. Mas o mundo tem mudado muito nos últimos séculos e a forma como vivemos hoje não é igual à dos nossos pais.
A pandemia, no ensino superior, veio acelerar uma transição digital prevista para uma década que, penso, irá ter resultados muito expressivos em apenas dois a três anos. No nosso caso, o nosso sistema HyFlex, que combina presença com distância, veio para ficar, melhorando o processo pedagógico.
Acredito que nos próximos três anos teremos toda a formação do IPAM disponível em formato presencial e a distância. Estamos ansiosos que o futuro chegue rápido. Em 2021, cerca de 30% dos novos alunos do IPAM ingressaram em cursos 100% online.
O que é feito no sentido de captar o interesse dos estudantes? As redes sociais têm um papel importante?
Temos naturalmente um plano muito abrangente e detalhado que combina marketing estratégico e operacional e admissões. Este plano é executado anualmente, de acordo com os diferentes ciclos de admissão de novos estudantes, e assenta em dois eixos centrais: awareness e performance. No primeiro campo procuramos trabalhar a visibilidade e reputação do IPAM e, no segundo, trabalhamos especificamente a captação de interessados nos nossos cursos. As redes sociais são naturalmente umas das ferramentas a que dedicamos grande atenção, até porque os nossos canais oficiais de LinkedIn, Facebook, Instagram e Youtube juntam atualmente mais de 75.000 seguidores.
Que tendências de marketing antecipam sejam mais relevantes este ano?
No IPAM, acreditamos em moldar as pessoas para que se tornem líderes disruptivos, capazes de transformar os negócios e a sociedade através de uma visão de marketing.
Acreditamos, por isso, que os marketers do futuro devem ter áreas de conhecimento de marketing expandido: digital, negócios, comunicação, relações públicas, publicidade, negócios internacionais, vendas, liderança, tecnologia, data science, entre muitas outras.
Além disso, as tendências nacionais e internacionais também nos mostram que os futuros CEO não serão mais financeiros, mas pessoas com background de marketing, dadas as suas capacidades para enfrentar melhor um ambiente volátil e incerto como vivemos atualmente.